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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Como descobrir a vontade de Deus para minha vida

INTRODUÇÃO

 “Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor” (Ef 5.17);

“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).

     Todos nós já nos deparamos com situações que chegamos a dizer numa linguagem popular: estou num beco sem saída, ou estou numa encruzilhada, numa furada, numa gelada, numa sinuca de bico e por aí vai...
     É nesses momentos difíceis que expressamos os nossos maiores questionamentos:
O porquê disso ou o porquê daquilo, Digo sim ou digo não, faço isso ou faço aquilo, vou ou deixo de ir, isso está certo ou está errado, isso é bom ou é ruim, vou por este caminho ou pelo outro. É aí começamos a questionar a Deus: Porque isso Deus, onde tu estás, estás vendo isto? Onde tu estavas quando aconteceu isto comigo?....contar experiência.
     E Deus certamente está olhando para nós e perguntado como está a sua vida? Está fazendo a minha vontade? E mais sua vida está no centro da minha vontade? Se estiver eu vou dirigir a sua vida.
     Em toda Bíblia há ensinamentos sobre a vontade de Deus para aquele que O têm como Senhor de suas vidas. Observou a expressão “para aquele que o tem como Senhor” Ele é o Senhor da sua vida? Então agora você precisa descobrir e compreender qual é a vontade de Deus nas suas decisões, como: namoro, casamento, negócios, estudo, emprego, Igreja, enfim em todas as nossas decisões, sejam elas pequenas ou grandes.

     Como descobrir então, o que Deus quer para nós e de nós?  O salmista Davi escreveu: “Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus” (Sl 143.10).

     Precisamos entender que a vontade de Deus ela se apresenta de duas maneiras:

v  De uma forma universal (geral abrangente). Ésta é a vontade de Deus para toda humanidade, vejamos o texto 1 Tm 2. 3,4:

v  Deus quer que todos os homens sejam salvos vers. 3. É o que está explicito também em Jo 3.16 e nos dez mandamentos etc.
v  Deus quer que todos os homens conheça toda verdade.

v   Individual (particular). Esta é a vontade de Deus para o salvo para o crente que quer conhecê-lo cada dia mais, que quer ser dirigidos por ele, que quer estar no centro de sua vontade. Nos textos introdutórios, o apóstolo Paulo está doutrinando a Igreja, e    Consequentemente cada crente em particular a conhecer e viver a vontade de Deus em suas vidas.
     O mesmo apóstolo em (1 Ts 4.3);  diz que: a vontade de Deus é a nossa santificação.
A palavra também nos orienta nas decisões que precisarmos tomar: Deus nunca irá nos guiar a fazer algo contrário a Sua Palavra.
            Registra o Salmo 119.105“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos”.
            A palavra de Deus é luz para nos guiar no caminho certo, precisamos descobrir isto.
 Sabe qual o melhor livro da Bíblia para descobrir a vontade de Deus? Todos!

            Já sabemos que a vontade de Deus ela é: boa agradável e perfeita, já sabemos também que ela se apresenta de duas formas, mas como descobrir a vontade de Deus para nossas vidas ? Existem pelo menos quatro maneiras de fazermos isto. É isto que vamos procurar entender agora:


 Pela oração (Fp 4.6 -7)

     Quando Davi queria saber qual era a vontade de Deus, recorria à oração (Sl 143.10). É Davi mesmo quem registra o que Deus disse a ele no Salmo 32.8; “instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e sob as minhas vistas te darei conselho”.

     É uma preciosa promessa de Deus. Precisamos aprender com a orar corretamente       (Fp 4.6,7). Os grandes homens de Deus sempre usaram a prática da oração para saber o que Deus queria, nos diversos momentos de suas vidas, até o próprio Jesus a usava. Ele sempre buscou e aceitou a vontade do pai em todas as circunstâncias de Sua vida, até mesmo na mais dolorosa (Mt 26.39) .
     Quanto mais especifica for a nossa oração, mais específica será a resposta de Deus.
Entretanto, aquele que tem, sua vida consagrada ao Senhor precisa estar pronto para receber a resposta Dele, mesmo que não seja a que  estava esperando, mesmo que seja dolorosa no momento, mas, é a vontade de Deus e nós precisamos aceitá-la, porque ele sabe o melhor para nossas vidas, e Ele não faz nada sem propósito. Lembra-se de Jó?

   Pela palavra (Sl 119.105)

     A palavra é a vontade de Deus revelada é na Bíblia que encontramos todas as respostas para nossas vidas.
         É um dos meios mais eficazes que Deus usa para nos guiar é a sua Palavra:

2.1     Pela falta do conhecimento dela o povo perece (Os 4.6);
2.2     Pela falta da profecia ( palavra) o povo se corrompe (Pv 29.29);

         O que a palavra de Deus revela para o crente: Que a vida espiritual de qualquer Cristão precisa ser estabelecida por alguns princípios:

v  Um fundamento sólido (Mt 7.21-27);
v  Alimento sadio e gradativo (leite, depois alimento sólido) Hb 5.11-14
v  Crianças espirituais: é o crente imaturo que demonstra:

- Incapacidade de entender as doutrinas consegue apenas entender as verdades mais simples (1 Co 3.2);
      - Instabilidade na fé, ou seja, é levado pelos ventos de doutrinas (Ef 4.14);
- Desinteresse pelas coisas espirituais encontra mais prazer nas coisas matérias do que nas coisas de Deus;
- Temperamento sensível e egoísta ofende-se facilmente e quer tudo seja do jeito dele
- Falta de frutificação, é apenas espectador e não participante na Igreja em que congrega (Hb 10.25).
v  Crescer na Graça e conhecimento é um imperativo (2 Pe 3.18);
v  Preparação para o ministério da Igreja (2 Tm 2.15).

                        
  Pelos conselhos de outros (At 16.30,31)

     A Bíblia ensina que todos os grandes homens de Deus foram alguma vez conselheiros para orientar alguém. Ex. Jetro o sogro de Moisés o aconselhando      (Ex 18.19-21); Moisés aconselhando Josué, Paulo aconselhando Timóteo (2 Tm 2.2). A Bíblia fala na multidão de conselheiros há segurança (Pv 11.14)
Muitas vezes para nos guiar Deus usa outros crentes com mais experiência. Sendo assim quando estamos inseguros, ao tomar uma decisão, aconselhe-se
Com um irmão em Cristo, mais experiente, que tenha uma íntima relação com o Senhor, que conheça a palavra de Deus e que seja sincero, falando-lhe francamente mesmo sabendo que sua palavra possa desagradá-lo. O carcereiro de Filipos, vendo que precisava da salvação, aconselhou-se com Paulo e Silas: “Senhores, que devo fazer para que seja salvo”. Ele ouviu, atendeu a palavra dos missionários e creu em Deus, não só ele, mas também sua família, e todos foram salvos (At 16.31-34).
     O mesmo aconteceu com a mulher samaritana que se aconselhou com o verdadeiro Conselheiro (Jo 4.5-38). O resultado?
     O seu pastor, os presbíteros da Igreja, os evangelistas e até os professores da EBD poderão ser excelentes conselheiros que através de uma pregação, um estudo ou numa conversa informal poderão ser verdadeiros instrumentos para mostrar a vontade de Deus para outras vidas. Porém, cuidado! Escolha o conselheiro certo. 






Pela paz interior

“seja a paz de Deus o árbitro em vosso coração” (Cl 3.15). Lembra-se do árbitro numa competição esportiva? Ele diz o que está certo ou errado, de acordo com as regras estabelecidas.
    Nada traz maior tranquilidade ao nosso coração do que saber que as nossas ações estão dentro da vontade de Deus. O inverso também é verdadeiro: nada tira mais a paz do nosso coração do que sentir-se fora da vontade do Senhor. Isso traz uma grande inquietação á alma da pessoa (Fp 4.6).
     Estando dentro da vontade de Deus, sentiremos a paz de Deus controlado nossos corações.
Se não sentirmos tranquilidade em nossas decisões é muito provável que não seja esta a vontade de Deus para nossas vidas. É hora de esperar, ou que sabe tomar outro rumo.


A perfeição da vontade de Deus


v A vontade de Deus é boa,
      Está no centro da vontade de Deus é desfrutar do melhor de Deus, é sentir que tudo o que nós fizermos vamos ter a aprovação do Senhor. O mais interessado em que tudo dê certo em nossa vida é o Senhor e se nós no centro sua ele vai fazer.

v É perfeita
Significa que ela nunca falha, ou seja, nada pode dar errado quando nós estamos dirigidos pelo Senhor. Mesmo que no momento pareça que não vai dar certo.

v É agradável
Significa que todo almeja, (uma coisa agradável atrai as pessoas), foi isso que aconteceu com Eva e Adão (Gn 3.6), porém para desfrutar da vontade de Deus não basta querer, desejar, precisa está dentro dessa vontade. Com certeza que Deus quer para nós. Davi disse no Sl 25.12. “ Ao homem que teme ao Senhor, ele o instruirá no caminho que deve escolher’


Considerações finais

     Ao tomarmos uma decisão precisamos pedir a direção de Deus, e ficarmos sensível a sua resposta que pode vir através da:
§  Oração;
§  Palavra;
§  Do conselho de alguém mais experiente;
§  Paz no coração.

O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa vem dos lábios do Senhor” (Pv 16.1).

  Que Deus nos abençoe muito!






segunda-feira, 23 de maio de 2011

Será que Satanás está preso, ou está solto?

      Antigo Testamento mas precisamente no livro de Jó, conta a história que Satanás chega a presença de Deus juntamente com os anjos e teve um diálogo com Deus a respeito de Jó (Jó 1.6-12).  Hoje existem várias teses escritas, pregadas ou ensinadas sobre o assunto, alguns defendem a ideia de que Satanás está preso baseados no argumento de que quando Jesus ressuscitou e subiu ao céu ele mudou a sua área de atuação, ou seja, ele (satanás) foi preso. No entanto, esta tese carece de base bíblica, não existe nenhuma referência bíblica que ateste isto. O texto que é tomado como base para este argumento é Ap 1.18 que diz: 
 E o que vive; fui morto, mas eis que estou vivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chave da morte e do inferno
A pergunta é a seguinte: 
Onde está escrito neste texto que que Jesus tomou as chaves das mãos de Satanás? Não se encontra nem neste, nem em nenhuma outra parte da Bíblia. O texto acima diz que Jesus "tem as chaves da morte e do inferno" O que está se afirmando aqui é que todo poder e autoridade está e sempre esteve nas mãos do Senhor Jesus, inclusive sobre o inferno. ou seja, o diabo nunca teve nem as chaves da casa dele. Tudo está no controle do nosso Deus.
Veja mais alguns textos sobre o assunto:
- 1 Pedro 5.8: Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão buscando a quem possa tragar.
Como pode alguém estando preso andar em derredor de outro, sem que esse outro alguém esteja preso também com ele? primeiro, isto é no mínimo incoerente, segundo, seria atribuirmos o atributo da unipresença, (que só pertence a Trindade Santa), ao diabo e isso anti-bíblico.
Apocalipse 20.1; Então, vi descer do céu um anjo; que tinha na mão a chave do abismo e uma grande cadeia na sua mão;
- Apocalipse 20. 2; Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; 
Apocalipse 20.3; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos.
Não precisa nem passar pelo crivo da interpretação hermenêutica e exegética para se chegar a uma conclusão deste texto: Uma análise pura e simples leva-nos a uma conclusão: como alguém que está preso vai ser preso novamente? carece de consistência e respaldo bíblico esta corrente de interpretação. Pense nisso! 

Pode comentar!

   



  
  
   
  
  
  

quarta-feira, 4 de maio de 2011

P N E U M A T O L O G I A

INTRODUÇÃO
      O Novo Testamento declara o Deus Trino revelado como Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Paulo afirma que há um só Espírito, um só Senhor (Jesus) e um só Deus e Pai (Ef 4.4-6). Lemos em 1 Jo 5.7: Há três que dão testemunho no céu: O pai, a palavra (Cristo) e o Espírito Santo; e estes três são um”.
1 – A NATUREZA DO ESPÍRITO SANTO
     A palavra Espírito vem do Hebraico ruach, ou nephese, do grego pnema, e do latim spíritus, os quais derivam de raízes que significam “soprar”, “respirar”. Daí pode ser traduzido por “sopro”, “fôlego” (Gn 2.7), ou vento (Jo 3.8).
      O Espírito Santo não é apenas uma influência, uma energia, ou apenas uma unção, como pensam os Testemunhas de Jeová, os Mórmons e outras seitas, mas, a Terceira Pessoa da Trindade Santa. O Espírito Santo é uma Pessoa com natureza divina, ou seja, da mesma essência e com os mesmos atributos que Deus e Cristo possuem, ou seja, ELE é eterno, onipotente, onisciente, onipresente etc. tal como o Pai e o Filho é. Ele estava presente na eternidade, na criação do mundo, nos acontecimentos do Antigo e do Novo Testamento e continua agindo nos dias de hoje no meio da Igreja. “O Espírito Santo é Deus”.
1.1  Personalidade do Espírito Santo
      O Espírito como já foi mencionado é uma pessoa, o próprio Cristo disse que o Espírito Santo seria o seu substituto. Ora, somente uma pessoa pode substituir outra (Jo 16.7). Ele possui características (atributos) e personalidade. Veja os atributos pessoais que ele possui: Intelecto – vontade – e sentimento. Consideremos algumas atividades que atestam a personalidade do Espírito Santo:
v  Revela (2 Pe 1.21). A Bíblia é a revelação de Deus à humanidade. Foi escrita por homens inspirado pelo Espírito Santo;
v  Clama (Gl 4.6);
v  Intercede (Rm 8.26);
v  Ordena (At 13.2). A Igreja de Antioquia foi orientada pelo Espírito Santo a enviar missionários;
v  Testifica de Cristo (Jo 15.26). Ele testifica. Se não fosse uma pessoa, o seu testemunho não seria válido;
v  Convida à Salvação (Ap  22.17). Não só convence o pecador a aceitação a Jesus Cristo como Salvador, mas também, junto com a Igreja, a Noiva de Cristo, convida a todos à Salvação;
v  Ensina e lembra (Jo 14.26);
v  Entristece-se (Ef 4.30).
2 - OS NOMES DO ESPÍRITO SANTO
Vejamos alguns:
v  Espírito de Deus (Gn 1. 2). Significa que ele é o executivo de Deus.
v  Espírito de Cristo (Rm 8.9). Indica que o Espírito Santo é enviado por Cristo para glorificá-lo, e habitar no salvo.
v  Espírito da Graça (Hb 10.9). A graça é concedida aos crentes, a fim de viverem em santidade e vencerem as fraquezas da carne (2 Co 12.9).
v  Consolador (gr. Paracleto; latim advocatus). Significa alguém chamado para ficar ao lado do outro para ajudá-lo (Jo 16.7).
3 - SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO
Vejamos alguns:
v  Fogo. O Espírito Santo é comparado ao fogo porque o fogo aquece, ilumina, espalha-se e purifica.  Este símbolo fala da obra purificadora e santificadora do Espírito Santo na vida do cristão (Is 4.4;  Mt 3.11);
v  Vento. Simboliza a obra regeneradora e sua misteriosa atuação (Jo 3. 8);
v  Água. O Espírito Santo a exemplo da água é a fonte viva que lava, limpa, refresca, sacia a sede espiritual e faz frutificar (Jo 7.37,39);
v  Pomba.  A pomba, como símbolo do Espírito significa brandura, doçura, amabilidade, suavidade, paz, pureza e paciência. É isso que o Espírito Santo transmite ao crente      (Mt 3.16);
v  Azeite. O azeite é talvez, o mais comum e mais conhecido símbolo do Espírito Santo. No Antigo Testamento, além de ser usado como alimento, iluminação, cura e alívio da pele, o azeite era usado para consagrar sacerdotes, reis e profetas. Ser ungido pelo Espírito Santo significa estar revestido de um poder ou autoridade especial da parte de Deus      (1 Jo 2.20,27);
v  Selo. O Espírito Santo é como um selo, isto é, uma marca posta no crente para o dia da redenção (Ef 4.30). O salvo é propriedade do Senhor. Essa marca é que assegura e garante o direito da posse da herança celestial (2 Tm 2.19).

4     - O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO
     Nos tempos do Antigo Testamento o Espírito não era dado universalmente como hoje na Igreja, mas, de modo limitado a Israel, e concedido segundo a soberana vontade de Deus a certos indivíduos, como sejam: profetas, sacerdotes reis e outros obreiros de acordo com as circunstâncias. O Espírito Santo é revelado no Antigo Testamento basicamente de três maneiras: Espírito Criador, Espírito dinâmico e Espírito regenerador.
4.1  Espírito Criador  
     O Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade por cujo poder o universo foi criado. Ele pairava por sobre a face das águas e participou da glória da criação (Gn 1.2; Sl 104.30). O Espírito Santo criou e sustenta o homem (Gn 2.7; Jó 33.4).
     Toda pessoa seja servo ou não de Deus, é sustentada pelo poder criador do Espírito de Deus (Dn 5.23).  A existência do homem é como o som da tecla de um piano que dura tão-somente enquanto o dedo do artista a comprime. O homem deve a sua existência e a continuação da mesma às “duas mãos de Deus”, isto é, o Verbo (Jesus) Jo 1.1-3.
 E o Espírito Santo. Foi a esses que Deus dirigiu-se dizendo: façamos o homem (Gn 1.26), enquanto essas mãos (Jesus e o Espírito Santo) estiverem sustentando, o homem tem vida, do contrário tudo cessa de existir.
4.2   Espírito Dinâmico 
     O Espírito Criador criou o homem a fim de formar uma sociedade governada por Deus. Depois que entrou o pecado no mundo à sociedade foi organizada à parte de Deus e em oposição a ele. Deus começou de novo a chamar o povo de Israel, organizando-o sob suas leis, e assim constituindo-o como reino de Jeová. (2 Cr 13.8). Ao estudar a história de Israel lemos que o Espírito Santo inspirou pessoas para governar e guiar os membros desse reino e para dirigir seu progresso na vida de consagração.  A operação dinâmica do Espírito criou duas classes de ministros: primeira, obreiros para Deus – homens de ação, segunda locutores de Deus – profetas e mestres.
v  Obreiros para Deus
     Em Israel o Espírito Santo era dado a certos líderes escolhidos, e indubitavelmente quando havia verdadeira piedade, tal se devia ao Espírito Santo. Como exemplo de obreiros inspirados pelo Espírito Santo mencionaremos alguns: Josué (Nm 27: 8-21); Otoniel          (Jz 3.9,10), José (Gn 41.38-40); Bezaleel (Ex 35.30,31); Sansão (Jz 15.14); Gideão           (Jz 6.34); Jefté (Jz 11.29).
v  Locutores de Deus
     O profeta de Israel pode-se dizer que era um locutor de Deus que recebia a mensagem de Deus e a entregava ao povo. Ele estava cônscio do poder celestial que descia sobre ele de tempos em tempos capacitando-o para pronunciar mensagens não concebidas por sua própria mente, mas recebidas diretamente de Deus através do seu Espírito.   As expressões        
empregadas para descrever a maneira como lhes chegavam a inspiração, mostram que essa inspiração era repentina e de modo sobrenatural. Ao se referir à origem de seu poder, os profetas diziam que Deus “derramou” seu Espírito, “pôs seu Espírito sobre eles”, “encheu-os do seu Espírito”, e “pôs o seu Espírito dentro deles”.
4.3  Espírito Regenerador
     A presença do Espírito Santo no Antigo Testamento no sentido de regenerador pelo qual a natureza humana é transformada, não é acentuada como no Novo Testamento, porém o seu derramamento é descrito como: uma benção futura, e em conexão com a vinda do Messias.
v  Como uma benção futura
     O derramamento do Espírito como fonte de restauração e santidade é mencionado no AT como acontecimento futuro, uma das bênçãos do prometido reino de Deus.  Mas em geral, a massa do povo inclinava-se para o paganismo e para a iniquidade. Embora de tempos em tempos fossem reavivados pelos profetas e reis piedosos, era evidente que a nação era má de coração e que era necessário um derramamento geral do Espírito para que voltassem para Deus. Tal derramamento foi predito pelos profetas, que falaram que o Espírito Santo seria derramado sobre o povo numa medida sem precedentes. Jeová purificaria os corações do povo, poria seu Espírito dentro deles, e escreveria a sua lei em seu interior                         (Ez 36.25-29; Jr 31.34) Nesses dias o Espírito seria derramado com poder sobre toda carne (Jl 2.28), isto é, sobre toda classe e condição de homens, sem distinção de idade, sexo ou posição.
     A oração de Moisés de que “todo o povo do senhor fosse profeta”, seria então cumprida (Nm 11.29). A característica que distinguia o povo de Deus sob a Antiga Aliança era a possessão e revelação da lei de Deus; a característica que distingue seu povo sob a Nova Aliança é a escrita da lei e a morada do Espírito Santo em seus corações.   
v  A conexão com a vinda do Messias
     O grande derramamento do Espírito Santo teria por ponto culminante a Pessoa do Messias, sobre o qual o Espírito de Jeová repousaria permanentemente na qualidade de Espírito de sabedoria, de conhecimento e temor santo, conselho e poder. Ele seria o profeta perfeito que proclamaria as Boas-Novas de libertação, de cura divina, de consolo e alegria.
     Qual é então a conexão entre esses dois grandes eventos proféticos? João Batista respondeu quando interrogado: “Eu em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas sandálias não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo”(Mt 3.11). Em outras palavras, o Messias é o doador do Espírito Santo. Foi isso que o assinalou como Messias ou o fundador do Reino de Deus. A grande benção da nova época seria o derramamento do Espírito e foi o mais elevado privilégio do Messias, o de conceder o Espírito. Notem especialmente a conexão do dom com a obra redentora de Cristo.  A concessão está associada também com a partida de Cristo (Jo 16.7) e sua glorificação       (Jo 7.39). Paulo claramente declara essa conexão (Gl 3.13,14).

5 - O ESPÍRITO SANTO NO NOVO TESTAMENTO

     O Novo Testamento introduz a dispensação do Espírito, cumprindo assim, as promessas preditas pelos profetas. O Espírito Santo é descrito como: operando sobre, dentro e por meio de Jesus Cristo.
5.1  O Espírito em Cristo
     Desde o princípio até o fim de sua vida terrena, o Senhor Jesus esteve intimamente ligado ao Espírito Santo. Tão intima foi essa relação que Paulo descreve Cristo como “um Espírito vivificante” (1 Co 15.45). O significado não é que Jesus é o Espírito, e sim, que ele dá o Espírito, e através do mesmo Espírito exerce onipresença. O Espírito é mencionado em conexão com os seguintes aspectos do seu ministério:
v  Seu nascimento (Mt 1.20);
v  Seu batismo (Mt 3.16);
v  Seu ministério (Lc 4.17-19);
v  Sua crucificação (Hb 9.14);
v  Sua ressurreição (Rm 8.11);
v  Sua ascensão (At 2.33).
5.2   O Espírito Santo na Igreja
v  Com relação ao pecador
Ele convence o homem “do pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16.8).
v  Com relação ao crente
     Já vimos no primeiro capítulo desta apostila que o Espírito Santo opera uma obra completa, na vida do Cristão, porém, além de revelar, de consolar, de ensinar, de interceder, de fazer lembrar, de entristecer-se entre outras coisas, o Espírito tem outras obras a realizar na vida do Cristão, como por exemplo: o “Batismo com o Espírito Santo” ou “re-  vestimento de poder e a concessão dos dons.
§  O batismo com o Espírito Santo
     Antes de subir para o céu, o Senhor Jesus prometeu que os crentes receberiam a virtude do Espírito (At 1.8). O revestimento de poder é descrito através do batismo com o Espírito Santo, experiência essa que é prometida a todo o que crê (At 2.39). É certo que toda pessoa que recebe Jesus de coração, recebe também o Espírito Santo. Mas aqui está se falando de revestimento de poder, isto é, outra porção do mesmo Espírito para fazer a obra do Senhor. Esse fato não aconteceu somente no dia de Pentecostes, mas a Bíblia registra o mesmo acontecimento em outras ocasiões. Paulo ao visitar os crentes de Éfeso, ao perguntar se já haviam recebido o batismo com o Espírito Santo, eles responderam que ignoravam tal fato (At 19.4-6). Ele orou e todos foram batizados com o Espírito Santo, o que claramente se viu com o sinal evidente de falar em línguas estranhas.
v   Com relação à Igreja
     Sem a presença do Espírito Santo, a Igreja seria uma reunião de pessoas sem motivo e sem propósitos, é, pois O Espírito Santo quem dá vida a Igreja.  O Espírito Santo atua em função do crescimento da Igreja nos seguintes aspectos:
v  Na obra missionária   
      É ele quem separa e ordena pessoas para se dedicarem à obra de Missões e evangelismo, era assim que acontecia na igreja primitiva, foi o que aconteceu em Antioquia        (At 13.1-4).
v  Na pregação e ensino da palavra
      Quem quiser pregar o evangelho ou ensinar a Palavra de Deus sem a unção do Espírito Santo está fadado ao fracasso.
v   Na oração
     O apóstolo Paulo ensina que a oração precisa, também, ser orientada pelo Espírito Santo (Ef 6.18).  
5.3  Os Dons do Espírito Santo
     Os Dons (gr. karisma) do Espírito Santo devem ser distinguidos do Dom (gr. dorean) do Espírito, os primeiros, ou seja, os Dons descrevem capacidades sobrenaturais concedidas pelo Espírito para ministérios especiais, enquanto o segundo, isto é, Dom refere-se à concessão do mesmo espírito para revestimento de poder (At 2.33). Qual é o propósito principal dos Dons espirituais? São capacidades espirituais concedidas com o propósito de edificar a Igreja de Deus.
     Em 1 Coríntios 12. 8-10, Paulo enumera nove Dons, que pode ser classificados em três grupos distintos como se seguem:

DONS DE REVELAÇÃO
DONS DE PODER 
DONS DE INSPIRAÇÃO 
Palavra do conhecimento
Dons de curar
Variedades de línguas
Palavra da sabedoria
Operações de milagres
Interpretação de línguas
Discernimento de espíritos
 Fé
Profecia
  








 Dons de revelação:
§  Palavra da Sabedoria (1 Co 12.8). É a palavra grega Sophia Este dom é uma palavra (uma declaração, uma proclamação) específica, dada pelo Espírito Santo, para uma situação também específica.
§  Palavra do Conhecimento (1 Co 12.8). Este tem sido definido como sendo a revelação sobrenatural relativo a uma pessoa ou acontecimento, que existe na mente de Deus, e que precisa ser revelado.
§  Discernimento de Espíritos (1 Co 12.10). É a capacidade revelada por Deus, para descobrir a fonte e o propósito de toda e qualquer forma de manifestação espiritual. Através deste Dom o Espírito Santo revelou a Paulo que tipo de espírito estava atuando na vida da jovem advinha de Filipos (At 16.18).
v  Dons de poder:
§  Dons de Cura (1 Co 12.9). O termo original grego, Ioami que é o equivalente ao hebraico rapha, expressa cura de modo miraculoso em contraste com terapeue, que é curar mediante tratamento médico.
§  Operações de Milagres (1 Co 12.10).Trata-se de atos sobrenaturais de poder que intervém nas leis da natureza. Incluem também os atos divinos em relação a Satanás e os espíritos malignos.
§  Dom da Fé (1 Co 12.9). Não se trata da fé para salvação, mas sim, de uma fé sobrenatural e especial comunicada pelo Espírito Santo, capacitando o crente a crer em Deus para realizações de coisas extraordinárias. Foi esse tipo de fé que levou os heróis do AT a serem vencedores (Hb 11).
v Dons de Inspiração:
§  Variedades de línguas (1 Co 12.10). O Dom de línguas é o poder de falar sobrenaturalmente em uma língua nunca aprendida antes por quem fala, sendo essa língua feita inteligível aos ouvintes pelo o dom de interpretação. Há duas classes de mensagem em línguas: primeira, louvor em dirigido a Deus (1 Co 14.2); segunda, uma mensagem definida para a Igreja (1 Co 14.5). Distingue-se entre as línguas como sinal e línguas como dom. a primeira é para todos (At 2.4); a segunda não é para todos              (1 Co 12.30).
§  Interpretação das línguas (1 Co 12.10). É uma operação puramente espiritual. O mesmo Espírito que inspira o falar em outras línguas, pelo qual, as palavras pronunciadas procedem do espírito e não do intelecto, pode inspirar também a sua interpretação. A interpretação é, portanto, inspirada, extática e espontânea.
§  Profecia (1 Co 12.7). A profecia é uma manifestação do Espírito de Deus e não da mente humana, e é concedida a cada um visando um fim proveitoso. Profetizar não é somente predizer o futuro, mas, proclamar a vontade de Deus, exortando e levando o seu povo à retidão, a fidelidade e a paciência (1 Co 14.3).

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