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Estudos Teológicos

Batalha Espiritual Existe?

A coisa que nos deixa mais bastante assustado é com líder que não reconhece a Batalha Espiritual afirmando que Satanás está debaixo do nossos pés. Não estamos criticando aqueles que são contra, mas a verdade bíblica é outra e Satanás consegue muitas vitórias contra alguém que nem ao menos sabe que está na guerra. A Batalha Espiritual existe, quer você queira ou não. Não adianta ficar “escondido” e se fazer de morto, ou você entra na guerra, ou você perde! Cada crente possui lutas diárias em sua caminhada com o Senhor. 
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“Pelo que fizemos o possível de ir visitar-vos, ao menos eu, Paulo, em diversas ocasiões, mas Satanás nos impediu” (1Ts.2:18)

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Veja que o próprio apóstolo Paulo, homem correto diante de Deus, teve lutas contra o Diabo e chegou até a ser impedido por ele de pregar em certos lugares, mas tem crente que se acha  o super-men evangélico! Sabemos que Paulo ganhou muito mais lutas do que perdeu, mas ele era humano e, às vezes, Satanás obtinha êxito em frustrar seus planos. Observe que não está escrito que Deus mudou de idéia sobre a viagem de Paulo. Está escrito claramente que Satanás o impediu. Nem mesmo Paulo ficou isento da guerra! E a Bíblia retrata bem que essa guerra existe:

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“Porque a nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas contra principados e potestades, contra os príncipes das trevas desse século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Ef.6:12)
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O que é isso que Paulo retrata em Efésios? GUERRA, ora!!! Existe uma guerra que está sendo travada, uma disputa entre o bem e o mal, nas regiões celestiais, e a Igreja não está isenta, nunca esteve, e cada crente tem uma guerra (perceba que Paulo diz “a nossa luta”, ele não isenta ninguém da guerra). A maioria das pessoas param em Efésios 6:12, nas palavras: “A nossa luta não é contra.”
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Mais batalha espiritual:
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“Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia.” (Dn.10:13).
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A Bíblia retrata nesta passagem de Daniel uma guerra que estava acontecendo nas regiões celestiais. E tudo para impedir que o anjo entregasse a Daniel a resposta de sua oração! E o que Daniel ficou fazendo nesse meio-tempo em que a resposta não chegava? Jogando pôquer? NÃO! Ele ficou vinte e um dias de jejum! A batalha espiritual depende fundamentalmente das nossas próprias atitudes, quanto a isso veremos mais a seguir.
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Essa batalha é bem exemplificada na batalha entre Israel e Amaleque em Êxodo 17:8-13. Nessa famosa passagem, Moisés subiu ao topo de uma montanha com a vara de Deus em sua mão, enquanto Josué conduzia o exército ao campo de batalha no vale. Quando Moisés erguia a vara de Deus, Israel prevalecia; quando ele a abaixava, Amaleque prevalecia. A vitória não foi decidida pela força e nem pelo poder do exército de Israel. Se esse fosse o caso, eles não teriam vacilado quando Moisés abaixava a vara. Nem foi pelo moral – eles não estavam olhando para Moisés em busca de inspiração, enquanto travavam uma batalha corpo-a-corpo! Foi uma batalha invisível nas regiões celestiais que realmente decidiu a vitória no campo de batalha.
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Quando negamos essa batalha, Satanás obtém vantagem sobre nós. 2Coríntiois 2:11 diz: “A fim de que Satanás não obtenha vantagem sobre vós, pois não ignoremos as suas intenções”.


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MAS ESPERA AÍ! JESUS JÁ NÃO VENCEU NA CRUZ? SE O DIABO JÁ ESTÁ DEBAIXO DOS NOSSOS PÉS ENTÃO POR QUE TEMOS QUE “BATALHAR” CONTRA ELE?

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Um argumento bastante usado por aqueles que não reconhecem a batalha espiritual é que Jesus já venceu na cruz, e por isso o diabo já está debaixo dos nossos pés, portanto não resta mais guerra nenhuma à Igreja. Essa é uma má interpretação do que realmente significa o “está debaixo dos nossos pés”.

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Antes, porém, vamos voltar um pouquinho no tempo, até a época de Josué. O nome Josué, que na verdade é a mesma palavra grega para o nome Jesus, havia sido mudado anteriormente para compor essa imagem. Seu nome original era Oséias. Depois que Josué e o exército de Israel derrotaram os cinco exércitos dos cananeus em defesa dos gibeonitas (Josué 10:22-27), os reis desses exércitos fugiram e se esconderam em uma caverna. Ao descobri-los, Josué ordenou que lhe trouxessem os reis e os fez deitar no chão. Ele estava para desempenhar um costume bem conhecido, que era o de colocar o pé sobre o pescoço ou a cabeça do inimigo para exibir a vitória. Várias vezes, o exército derrotado, ou exércitos nesse caso, eram apresentados em desfile perante o rei ou o general vitorioso, enquanto ele “exibia” a sua conquista. É a isso que Colossenses 2:15 está se referindo quando diz que Cristo “tendo despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo público, triunfando sobre eles na cruz”.
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Josué, contudo, está para fazer algo bem diferente e muito profético. Em vez de colocar o pé no pescoço desses reis, como era costume, ele chamou alguns de seus soldados e mandou que colocassem os pés sobre o pescoço daqueles reis. O quadro de Cristo e a sua Igreja, seu exército, apresentado aqui não poderia ser mais literal. Em cumprimento a esse quadro profético, Jesus derrotou Satanás, seus principados e potestades, os dominadores desse mundo tenebroso, Ele também chamou seu exército e disse: “Coloquem os seus pés sobre o pescoço desses inimigos”.
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Quando Efésios 2:6 diz que “Deus nos ressuscitou em Cristo”, isso significa que Jesus está dizendo: “A vitória não é apenas minha, mas de vocês também”. Ele também está dizendo: “O que eu fiz, vocês devem executar. Eu coloquei o inimigo sobre os meus pés legalmente, sobre minha autoridade, mas vocês devem exercer essa autoridade em situações individuais, fazendo com que ela tenha cumprimento literal”. É por isso que Romanos 16 diz: “Em breve o Deus da paz esmagará Satanás debaixo dos pés de vocês. E Lucas 10:19 diz: “Eu lhes dei autoridade para pisarem sobre cobras e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo; nada lhes fará dano”. O Salmo 110, um salmo messiânico e profético relacionado a Cristo, também retrata nossa relação com Ele. Ele prediz que Cristo, após sua ressurreição, subiria para a mão direita do Pai. De acordo com o NT, no momento de sua ascensão e glorificação, Ele já havia colocado todas as autoridades sob seus pés:
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“Deus colocou todas as coisas debaixo de seus pés, e o designou cabeça de todas as coisas para a igreja” (Ef.1:22)
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“Porque ele tudo sujeitou debaixo de seus pés. Ora, quando se diz que ‘tudo’ lhe foi sujeito, fica claro que isso não inclui o próprio Deus, que tudo submeteu a Cristo” (1Co.15:27)
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Mas o Salmo 110 nos diz que Ele ainda estaria esperando que esses inimigos fossem colocados por estrado de seus pés: “Sentaste à minha direita, até que eu faça dos teus inimigos um estrado para os teus pés” (Sl.110:1)
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Espere um minuto. Temos aqui uma contradição entre essa profecia messiânica e os versículos do NT que dizem que depois que Ele subiu para a mão direita do Pai, os inimigos já estavam sob seus pés? Não. Então por que essa aparente incoerência? Os inimigos estão sob seus pés ou serão colocados lá depois? A resposta é: Sim!
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Ele [Jesus] venceu a Satanás e a seu reino; nós executamos essa vitória.
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Eles estão sob seus pés legalmente por causa da cruz. Eles estão literalmente quando nós fazemos a “nossa parte”. Os versículos 2 e 3 do Salmo 110 descrevem a nossa parte:
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“O Senhor estenderá o cetro de teu poder desde Sião, e dominarás sobre os teus inimigo! Quando convocares as tuas tropas, o teu povo se apresentará voluntariamente. Trajando vestes santas, desde o romper da manhã os teus jovens virão como o orvalho”
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A palavra “poder” nessa passagem é traduzida como “exército”. Cristo está procurando um exército voluntário que estenda o poderoso cetro de sua autoridade, domine no meio de seus inimigos e execute a grande vitória de Jesus. Assim, mais uma vez, Ele colocou todas as autoridades sob seus pés ou somos nós que colocamos? Sim! Ele colocou, nós executamos. Ele conquistou Satanás e seu reino; nós executamos essa vitória.

COMO A GUERRA COMEÇA?
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Basicamente, a partir da oração (eu não estou dizendo que aquele que não ora está isento da guerra, tão-somente que, quando oramos, há retaliação do maligno). Quando pedimos alguma coisa em oração, seja alguma coisa para nós ou até mesmo por avivamento ou que o reino de Deus venha, Satanás obviamente não fica “de braços cruzados” com tudo isso, ele vai lutar contra isso, contra aquilo que você pede, pois de nada interessa a Satanás que você tenha o seu pedido atendido. Muitas pessoas relacionam erradamente a oração como uma “arma”. A Bíblia nunca retrata a oração como sendo uma arma. A Bíblia retrata várias “armas” que nós temos para usar nessa batalha (veremos mais sobre isso a seguir), mas a oração não é uma arma. A oração é a guerra. Quando você ora, a guerra é iminente.

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MAS ENTÃO QUAIS SÃO AS MINHAS ARMAS? COMO EU VENÇO ESSA GUERRA?

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Efésios
6:13 Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.
6:14 Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça;
6:15 E calçados os pés na preparação do evangelho da paz;
6:16 Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.
6:17 Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;
6:18 Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos,
6:19 E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho.

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Apenas por essa passagem de Efésios já dá para concluirmos que temos de usar nessa guerra: A armadura de Deus, o cinturão da verdade, a couraça da justiça, o “calçado” da pregação do evangelho, o escudo da fé, o capacete da salvação e a espada do Espírito.

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Perceba que de todas as nossas “armas” apenas a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus (v.17), é uma arma de ataque. Todos os outros são de defesa. Sabemos que a Bíblia é a Palavra de Deus. Paulo nos estimula a lermos a Palavra de Deus, como uma arma de ataque. Ora, se Paulo diz que a leitura da Bíblia é um meio de ataque ao inimigo, é porque nós somos edificados quando a lemos e a praticamos. Isso está de acordo com o que Paulo escreve em 2Timóteo 3:16,17:
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“Toda Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.”
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Percebeu quanto coisa boa que a leitura das Escrituras nos trás? Paulo diz que ela serve para ensinar, redargüir, instruir em justiça, e para ser perfeitamente instruído em toda a boa obra. E essa mesma Palavra de Deus, Paulo diz que serve como arma de ataque contra o nosso inimigo, Satanás (Ef.6:17). É por isso que o diabo quer tanto impedir a sua leitura. É por isso que ele fez tanta coisa para impedir a sua leitura e a sua divulgação na Idade Média, e é por isso que até hoje muitos Cristãos tem um verdadeiro receio de ler a Bíblia, muito embora leiam tantos outros livros. A leitura da Bíblia não só nos edifica, como também nos serve de arma nessa batalha espiritual.
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Paulo também cita o cinturão da verdade. A verdade é Jesus Cristo (Jo.10:10; Jo.14:6). Temos que andar nos caminhos Dele, e obedecê-lo. Não adianta fingirmos que estamos na verdade, quando na realidade estamos encobertos na mentira e no pecado. Sem santificação ninguém verá o Senhor (Hb.12:14), e sem andar no caminho da verdade é impossível ganhar qualquer batalha espiritual. Note que Paulo faz uso do “cinturão da verdade” como uma arma de defesa. Se não andarmos na verdade, ficaremos expostos aos ataques do inimigo contra a nossa vida.
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couraça da justiça é o revestimento da justiça de Deus em nós, como mais uma arma de defesa contra o inimigo. Se não andarmos na justiça que Deus nos ordenou que andássemos, de nada adianta entrarmos em qualquer batalha espiritual. Deus quer que sejamos justos e honestos em tudo e que andemos na sua justiça. Nós somos embaixadores de Cristo na Terra (2Co.5:20), e como tal devemos andar na justiça de Deus. Outra arma citada por Paulo nessa passagem de Efésios é “o calçado da pregação do Evangelho”. Cristo não nos chamou para o aceitarmos e ficarmos parados em casa de braços cruzados. Filipenses 3:12 diz que “nós fomos alcançados (por Deus) para alcançar (outras pessoas, não-convertidas)”. Cristo ao deixar este mundo disse para os apóstolos: “Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc.16:15). Nós temos um objetivo aqui neste mundo. E esse objetivo não é só o de guardarmos a nossa salvação até o dia do juízo final, mas o de alcançarmos o maior número de pessoas não-convertidas e as guiarmos à luz do evangelho da glória de Cristo, pois foi para isso que nós fomos alcançados por Deus. E pregar o Evangelho é mais uma das armas a nosso favor citada por Paulo nessa batalha espiritual que enfrentamos todos os dias.
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Paulo também cita o escudo da fé. Sem fé é impossível agradar a Deus (Hb.11:6). Ora, a fé é o fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem (Hb.11:1). Cristo disse que “qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito.” (Mc.11:23). Para ter fé, é primeiro necessário crer que Deus existe e que é galardoador daqueles que o busca. A fé, segundo Paulo, não é apenas algo necessário na vida de um Cristão e fundamental para uma oração, mas também é um escudo nesta luta que temos contra o maligno. Por fim, Paulo cita ocapacete da salvação. Para tomarmos este capacete, temos que confessar que Jesus Cristo é salvador único e suficiente das nossas vidas (At.4:12), pois “se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.”(Rm.10:9). Para usar este capacete também é preciso que tenhamos a convicção de que somos salvos, e que não estamos andando no caminho errado. Paulo diz que “a palavra da cruz é loucura para os que perecem, mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus” (1Co.1:18). Nós temos que tomar posse da salvação que temos em Cristo Jesus e colocar em prática o verdadeiro evangelho, pois de nada adianta sermos salvos por Cristo se não praticarmos o que está escrito:“Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não praticante, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural, porque se contempla a si mesmo, e vai-se, e logo se esquece de como era.” (Tg.1:23,24).
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Sem essas coisas: A santidade, a verdade, a justiça, a pregação do evangelho, a fé, a salvação, e a leitura da Palavra de Deus, dificilmente alguém ganha uma batalha espiritual. Essas são as nossas armas. As seis primeiras são de defesa. O inimigo lança “setas inflamadas” contra nós (Ef.6:16), e se não colocarmos em prática alguma dessas seis coisas mencionadas acima, estaremos abertos ao ataque de Satanás contra as nossas vidas. A última (leitura da Palavra de Deus) é a única arma mencionada de ataque. Isso porque você é edificado quando lê a Palavra (2Tm.3:16,17), e com maior edificação pessoal mais fácil fica para nós colocarmos em prática o Evangelho, e a santificação. 2 Timóteo 3:16 e 17 nos diz que a leitura da Palavra de Deus serve para ensinar, redargüir, instruir em justiça, e para ser perfeitamente instruído em toda a boa obra. Isso é fundamental para a nossa caminhada cristã.
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Perceba que a partir do versículo 18, Paulo pede para que as pessoas orem no espírito e suplicassem por todos os santos, e por ele mesmo: “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho”. Note que ele já havia parado de mencionar as nossas armas de ataque e de defesa nessa guerra que temos contra o inimigo, que vão desde o verso 13 até o 17. Por quê? Porque, como eu já disse, a oração não é uma arma, mas sim a guerra. E para vencermos nessa guerra temos que praticarmos todas essas coisas mencionadas acima. A oração é fundamental na vida cristã. Orar não só por nós mesmos, mas pelos outros irmãos, é incentivado na Bíblia toda. 1 Timóteo 2:1 nos diz: Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens”. A oração intercessória tem um poder muito grande, quando vinda de um homem justo e íntegro diante de Deus. Perceba também que o apóstolo Paulo diz para orarmos no Espírito, também freqüentemente interpretado como “orar em línguas”. O “falar em línguas” é uma linguagem de oração, e quem ora a Deus é o Espírito Santo: "Se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto... Orarei com o espírito.." (1Co.14:14,15). Ora, há muitas coisas que o homem não sabe fazer; uma delas é orar, de fato Paulo diz que "não sabemos o que havemos de pedir como convém" (Rm.8:26). Mas Deus, conhecedor dos limites do nosso corpo e da nossa mente, enviou o Espírito Santo para socorrer a esta fraqueza humana. Mas de que maneira o Espírito supre a esta falta de conhecimento e de expressões apropriadas e satisfatórias? Intercedendo Ele mesmo pela boca daqueles que foram batizados com o Espírito Santo, de fato quando um crente cheio do Espírito fala em outra língua, o Espírito Santo não está fazendo mais que orar por ele e pelos santos, pedindo a Deus para fazer coisas que tanto ele como outros crentes têm necessidade. O falar em línguas também tem um poder muito grande no reino Espiritual, e nos auxilia nessa batalha contra o nosso adversário, Satanás.
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A QUESTÃO DA “LEGALIDADE”
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Quando tratamos de batalha espiritual, é impossível não entrarmos no assunto da legalidade. Os demônios são seres extremamente legalistas. Já vimos que a santidade, a verdade, a justiça, a pregação do evangelho, a fé e a salvação, são armas de defesa (escudos) contra os ataques do maligno. Quando nós desagradamos a Deus e cometemos um pecado de grande conseqüência, o que acaba acontecendo é que você perde (mesmo que temporariamente) as suas armas de defesa, o que acaba resultando que você fica exposto aos dados inflamados do maligno (Ef.6:16).É para essa “legalidade” que damos o nome de brecha. Existem vários exemplos bíblicos para isso, vou citar apenas alguns. Davi, rei de Israel e correto diante de Deus, cometeu adultério com Bate-Seba, esposa de Urias, e depois o mandou para frente da batalha, o que acabou resultando na morte de Urias também. O que acabou resultando é que a proteção de Deus a Davi acabou se rompendo, e o seu filho que nasceu dessa junção acabou sendo morto, ainda recém-nascido. Noutra ocasião, Davi deu ouvidos aos planos de Satanás e provocou o recenseamento da nação. Resultado: O Anjo de Senhor matou setenta mil pessoas da nação. Isso que eu estou dando um exemplo de alguém com um coração reto diante de Deus. Mas por que isso acontece? Por que Deus é mal e gosta de fazer os outros sofrerem? Não! Porque a cerca de proteção que Deus dava a Davi foi retirada de sobre ele quando ele pecou nessas ocasiões, o que acabou o levando à tragédia. É claro que, quando se volta a Deus, a proteção volta também. Ninguém fica desolado para sempre. A Bíblia retrata muito bem como essa “cerca de proteção espiritual” realmente existe:
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“Pois tu, Senhor, abençoas o justo; o teu favor o protege como um escudo” (Sl.5:12)
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“Deus me protege como um escudo, ele salva os que são honestos de verdade” (Sl.7:10)
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“É o Senhor Deus quem protege aqueles que o temem, é ele quem guarda aqueles que confiam no seu amor” (Sl.33:18)
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Quando Deus mostrou para Satanás o seu servo Jó, ele (Satanás), respondeu:
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“Será que Jó não tem razões para temer a Deus? Acaso não puseste uma cerca em volta dele e da família dele e de tudo o que ele possui? Tu mesmo o tens abençoado em tudo o que ele faz, de modo que os seus rebanhos estão espalhados por toda a terra” (Jó 1:9,10)
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Mas essa cerca de proteção, esse escudo que protege aqueles que servem e obedecem a Deus, pode ser retirada:
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“Mas estende a tua mão e fere tudo o que ele tem, e com certeza ele te amaldiçoará na tua face. O Senhor disse a Satanás: Pois bem, tudo o que ele possui está em suas mãos...” (Jó 1:11,12)
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O que aconteceu nesse momento? Deus retirou a cerca de proteção que protegia Jó (Jó.1:9) e dessa forma Satanás conseguiu ter o domínio sobre todas as coisas que pertenciam a ele. Jó perdeu todos os bois, ovelhas, camelos, filhos e filhas, e até a própria integridade dele foi atingida! A cerca de proteção pode ser retirada pelo pecado ou pela permissão de Deus (como foi no caso de Jó). Mas ela não é retirada para sempre. O fim da vida de Jó foi sobrenaramente próspero, e ele recebeu tudo em dobro do que ele tinha antes. A cerca de proteção, que havia sido temporariamente retirada dele, voltou! Essa cerca de proteção, esse escudo de Deus, só protege aqueles que amam a Deus e o teme, àqueles que são honestos de verdade (Sl.7:10), mas se porventura cairmos na fé, estaremos expostos aos dados inflamados do maligno. Todavia, quando pecarmos, pratiquemos o perdão e o arrependimento, confessando os nossos pecados diante de Deus, a fim de que a mão do Todo-Poderoso esteja novamente sobre nós, porque “o Anjo do Senhor acampa ao redor daqueles que o teme e os livra” (Sl.34:7)

CONCLUSÃO
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Satanás ainda “anda em derredor, bramando como o leão, procurando a quem possa tragar”(1Pe.5:8). Mas nós, que somos a Sua Igreja, temos o poder na autoridade do nome de Jesus Cristo, o Nazareno, de expulsar e até repelir demônios, nós que somos lavados com o sangue dele temos que executar essa vitória que Cristo teve no Calvário, “preenchendo o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a Igreja” (Cl.1:24). Temos que tomar cuidado em não “supervalorizar” o adversário, pois nós sabemos que “se Deus é por nós, ninguém será contra nós” (Rm.8:31), e nós “tudo podemos naquele que nos fortalece” (Fp.4:13). Mas também não podemos negar a batalha espiritual e muito menos subestimar o nosso adversário. Satanás é inteligente, ele enganou até a anjos! Paulo recomenda firmemente para ficarmos firmes contra “as astutas ciladas do maligno” (Ef.6:11). Revesti-vos, pois, de toda a armadura espiritual, de todas as armas que podemos usar nessa guerra espiritual, que não é contra a carne e o sangue, mas contra os principados e as potestades, contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais. Cingindo-vos com o lombo da verdade, a couraça da justiça, a pregação do evangelho, tomando o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, e orando em espírito o tempo todo, por todos os santos. Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” (Rm.8:38,39). Aleluia!
extraído e adaptado do site http://lucasbanzoli.no.comunidades.net



 VIDA E UM POUCO DA OBRA DE KARL BARTH



Não é sem razão  que Barth é considerado o maior teólogo do século XX. Ele era um brilhante erudito e escrevia com erudição ímpar, usando muitos termos e expressões do mundo teológico, nomes de doutrinas que foram objetos de disputas na história da igreja, além do uso de expressões em latim, grego e outros, o que dificulta a leitura e uma compreensão imediata. Outro complicador é que ele se expressava de modo como se todos e qualquer pessoal fosse capaz de captar os seus pensamentos e tivesse a exata compreensão de tudo o quanto dizia. Não sei se isto se configura em virtude ou defeito, mas assim Karl Barth falava e escrevia.
A obra de Barth é muito extensa com poucas (em relação ao conjunto) obras em português, contudo aprendi (e aprendo) muito o chamado “pai da neo-ortodoxia” e com as obras que temos. Então creio que possamos falar um pouco que tenho lido, um pouco de sua visão geral.
“Nasceu na Basileia, no dia 10 de maio de 1886, no seio de uma grande família profundamente dedicada à teologia e à pregação. Passou a juventude em Bern, onde seu pai lecionava teologia. Seus estudos o levaram a universidade, em Bern, às universidade alemãs de Tübingen, Marburg e Berlim. Depois de uma experiência crucial como pastor na aldeia de Safenwil, na Suiça, Barth lecionou teologia nas universidade alemãs de Göttingen, Münster e Bonn. Expulso desta última por se recusas a jurar liberdade a Hitler, voltou à Basileia onde ensinou teologia de 1935 até se aposentar, em 1962. Jamais concluiu um doutorado, embora fosse posteriormente agraciado com numerosos títulos honorários. Barth era um homem robusto e bem-humorado, mas tinha em geral um ar muito sério. […] Morreu em 1968, aos 82 anos.” [1]
O pastor suíço ganhou repercussão mundial com o seu livro Carta aos Romanos de 1922, e ainda por sua perspectiva dogmática da fé, da revelação e da igreja. Viveu durante o período das duas grandes guerras mundiais, o que (também) influenciou as suas exposições. Um ponto auto de sua história foi quando se negou fazer o cumprimento nazista nas aulas da universidade alemã em que lecionava, sendo, por causa disto, expulso daquele país.
Começando pelo nome como sua teologia é conhecida, NEO-ORTODOXIA – ou teologia da crise, entre o divino e o humano, representou um retorno, em tempos de teologia liberal, à teologia da reforma, com reflexões e, por que não, com algumas correções as doutrinas dos reformadores.
Definição de neo-ortodoxia, segundo Erickson (2011, p. 134): “Sistema de teologia associado a Karl Barth, Emil Brunner e Reinhold Niebuhr. Embora aceitasse o criticismo bíblico e certa quantidade de pensamento existencial, o movimento enfatizou a transcendência divina, assim como a pecaminosidade e a necessidade humanas. Representou um retorno a formas modificadas de doutrinas ortodoxas em contraste com o abandono de tais doutrinas realizado pelos liberais.” [2]
Outra nome dado a sua teologia é “TEOLOGIA DA DIALÉTICA”, a teologia do sim e do não, da reflexão, como dito, voltava-se a transcendência divina. Segundo Gonzalez (2005, p. 93), Dialética tem origem: “Na Filosofia grega, Platão escreveu diálogos nos quis buscava encontrar a verdade mediante a conversação e, por isso os historiadores se referem ao método de Platão como “dialético”. Na idade Média, o uso da razão na investigação teológica frequentemente era chamado de “dialética”, porque a razão se move de maneira semelhante a um diálogo interno […] Hegel (1770-1831) desenvolveu uma “dialética” que era toda uma filosofia da História como desenvolvimento do pensamento da mente universal […] Mais tarde, Karl Max (1818-83) opôs-se ao idealismo de Hegel, mas reteve muito de sua dialética, chegando assim ao que chamou de “materialismo dialético (marxismo). No começo do século XX, quando a neo-ortodoxia começava a desenvolver-se, alguns a chamaram de “teologia dialética” – ainda que não exatamente, visto que era uma teologia do paradoxo antes de uma na qual as tensões se resolviam em uma síntese superior.” [3]
A ênfase de sua teologia “A revelação de Deus” e a encarnação do verbo.
Teologia fundamentalmente cristocêntrica. Por Cristo, a partir Dele e para Ele.
Este é o ponto que mais admiro em Barth, sua ênfase CRISTOCÊNTRICA. Isto é, tudo tem explicação, sentido, origem em Cristo, no propósito de Deus no Filho. A chave hermenêutica e a resposta para todos os enigmas e anseios humanos têm resposta Nele, verdadeiro Deus, verdadeiro homem de Deus, verdadeiro Deus-homem. Jonh Stott comenta:
“A cristologia, insistia ele, é a chave da doutrina da reconciliação. E cristologia significa confessar que Jesus Cristo, o Mediador, repetiu ele várias vezes “é o próprio Deus, o próprio homem, e o próprio Deus-Homem.” Há pois “três aspectos cristológicos” ou “três perspectivas” para a compreensão da expiação. O primeiro é que “em Jesus Cristo temos de ver com o próprio Deus. A reconciliação do homem com Deus acontece quando o próprio Deus ativamente intervém.” O segundo é que “em Jesus Cristo temos de ver com o verdadeiro homem […]. É assim que Ele se torna o reconciliador entre Deus e o homem”. O terceiro é que, embora sendo o próprio Deus e o próprio homem, “Jesus Cristo é um. Ele é o Deus-homem”. Somente quando se afirma esse relato bíblico de Jesus Cristo, pode-se compreender a singularidade do seu sacrifício expiador. A iniciativa está “Com o próprio Deus eterno, que se deu a si mesmo em seu Filho para ser homem, e, como homem, tomar sobre si esta paixão humana […]. É o juiz que nesta paixão toma o lugar daqueles que deviam ser julgados, que nesta paixão permite ser julgados em lugar deles”. “A paixão de Jesus Cristo é o juízo de Deus, no qual o próprio Juiz foi julgado.” [4] (grifo nosso).
Outra característica, dentro deste aspecto cristocêntrico, é que para Barth todo o conhecimento de Deus vem da revelação, parte do encontro do homem com o Deus do homem, que revela-se a Si mesmo. O homem só conhece a Deus plenamente na pessoa de Jesus Cristo, em sua encarnação, como Ele é agora, Cristo foi, como Cristo foi Ele é. Só podemos entender algo sobre Deus a partir da pessoa do Filho. As doutrinas da eleição, da expiação e da predestinação, que para Barth é sempre dupla (não no sentido tradicional deste termo – como pensam os calvinistas, mas de outro modo), tais doutrinas, tendo a cruz como o centro, têm particular tratamento, o autor afirma que se Deus não tivesse, por pura graça, decidido se revelar aos homens nós jamais poderíamos conhecê-Lo.

A revelação

E o que vem ser “revelação” para Barth?
A grosso modo seria, por um aspecto, a encarnação de Cristo, isto é, Deus manifestando-se na forma de um homem aos homens, e por outro, o encontro do imortal com o mortal, do Deus Santo com o homem pecador, do atemporal com o temporal, do impossível com o possível, de Deus com homem, do encontro de cada homem com Deus, pela graça, pela ação do Espírito, graças a aliança proposta pelo Pai, feita no Filho, garantida pelo Espírito, penhor da nossa herança.
“Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta”. Jesus respondeu: “Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Que me vê, vê o Pai, como você pode dizer: ‘Mostra-nos o Pai’?” Jo 14.8-9
Quando comecei a ler Bath, minha perspectiva de Jo 14 se ampliou, me deparei com uma perspectiva totalmente nova do que seja a revelação, como bem asseverou sobre o que é revelação para o teólogo suíço o Prof. Ricardo Quadros Gouvêia, segue:
“Deus revelando-se a Si mesmo aos homens, não apenas algo divino, não algo semelhante a Deus, não algo que vem de Deus, não algo sobre Deus, mas, Deus, Ele mesmo é o conteúdo da revelação”’[5]
Entendi porque o cristianismo é superior a qualquer outra forma de crer, não porque pensasse diferente disto, mas porque não tinha instrumentos(além de minha própria fé) para sustentar o porquê da questão. O cristianismo tem o privilégio da revelação, superior a qualquer outra religião, ou tentativa de buscar ou forma de conhecer a Deus por meios naturais, meios reflexos. E, por que com certeza podemos afirmar isto? Porque na Bíblia e na encarnação de Cristo o próprio Deus se revela aos homens, Sua forma (santa, pura, misericordiosa, que se compadece), o seu caráter, o próprio Deus é aquele que se compadece e é o parceiro superior da aliança em Cristo, o salvador dos homens, é Ele que nos pega pelas mãos, aquele que sabe o que sentimos, isto porque Ele experimentou a humanidade (mas sem pecado, Hb 2.17-18; 4.15), e em sua humanidade, isto é, em uma forma compreensível a nós, não como algo místico e impossível, mas como algo humano, como o pão e água da vida, podemos então conhecê-Lo. O Mediador é Deus.
“A verdadeira e única divindade nos é revelada plenamente em Cristo Jesus, da mesma forma que a verdadeira humanidade nos é revelada também em Cristo Jesus! Em Jesus nos ganhamos a plenitude do que significa: “Deus para o mundo, Deus para a humanidade, o céu para a terra.”! [6]
“A revelação é uma automanifestação de Deus, Ele se dá a conhecer a si mesmo. A revelação apresenta ao homem, como suposto e confirmação, o fato de que as tentativas humanas para conhecer a Deus por seus próprios meios são vãs. Na revelação Deus diz ao homem que é Deus e que, com tal, Senhor do homem. Com isto a revelação diz ao homem algo completamente novo. Algo que sem a revelação, não pode nem saber, nem dizer aos outros. Que o homem possa conhecer a Deus, somente pode afirmá-lo com verdade na revelação.” [7]
Karl Barth era um defensor da Dogmática, tendo escrito sua obra mais volumosa com este nome “Dogmática Eclesiástica” que ficou inacabada. Dogmática – significa uma dedicação ao estudo das doutrinas ou aos dogmas da igreja, antes da construção de sistemas especulativos ou próprios. Barth compreendia a fé como um salto, uma razão superior, que se origina na revelação, uma herança da influência de Soren Kierkegaard.
Fé significa conhecer, experimentar, ser objeto da auto-revelação de Deus. A fé é também uma decisão.
 “Crer significa isto: reconhecer o próprio pecado, abandonando-se à infinita e benevolente justiça de Deus exercida sobre o pecado. Concretamente, crer é reconhecer que nos opomos à graça aderindo-nos a ela, que se opõe a nossas oposições e resistências com poder infinito. Neste reconhecimento da graça, no reconhecimento que justifica o ímpio, que também é graça para o inimigo da graça, é onde a fé cristã reconhece a verdade da religião cristã.” [8]
“Descobre-se e conhece-se a Deus quando Ele se dá a conhecer a si mesmo, dentro da sua inteira liberdade”. [9]
SIM e NÃO – Um ponto pouco exposto de sua teologia é o aspecto do Sim e não – acredito que pela necessidade de uma grande explanação que este aspecto demanda, mas vou tentar resumir.
Para Barth Deus diz sim ao homem, ao decidir criar a humanidade, ao decidir ser Ele mesmo o objeto, no Filho, e a garantia da aliança, no Espírito, entre Deus e o homem, ao passo que, ao mesmo tempo, ele rejeitou a humanidade caída, e a prova disto é o sofrimento e a maldição a que Cristo se submeteu para a redenção da humanidade. (Is 53; II Co 5.19-20; Gl 3.13)
De outro modo, também podemos considerar que Deus diz sim a tudo o que é aliança, fé, santidade, amor, graça e paz, e rejeita tudo o que está fora dela, tudo o que não está ligado a Cristo, ao que diz não a incredulidade, ao mal, a morte e o pecado, a justiça própria, a altivez, a insubmissão, a rebeldia, diz não pecador (isto é, a seu estado), que precisa assimilar o não de Deus, reconhecendo a sua condição deplorável, o seu não poder, sua total impotência salvífica e a sua rebelião, e aceitando o Seu não, então é possível, pela ação da livre graça de Deus, receber o Seu sim.
“Não podemos reconhecer nossa eleição em Jesus Cristo sem reconhecer primeiro e antes de mais nada a nossa rejeição, e isto mais uma vez também em n´Ele.” [10]
Sobre o que é o mal, dentro da perspectiva do sim e não: “É a queda dentro do nada. Poderia ser diferente? Se abordo esse tema, é unicamente para mostrar que esse vasto domínio que nós chamamos o mal, a morte, o pecado, o diabo e o inferno, não é criação de Deus, mas, ao contrário, é o que está excluído pela própria criação, aquilo para o que Deus diz não.” [11]
A eleição revela a liberdade de Deus e da Graça. Deus é livre – escolheu ser Deus e Senhor do homem. Em seus livros podemos encontrar frases que caracterizam bem isto, sobre Deus: “Aquele que ama em liberdade”, sobre a Graça: “É a livre graça de Deus que elege”.
A PALAVRA/BÍBLIA – para Barth a palavra tem o real sentido do logos, e se refere a uma das três coisas (a depender do contexto) ou a todas em conjunto, ou seja, a Jesus Cristo, as Escrituras e a pregação do evangelho.
“Não é o correto pensamento humano sobre Deus que forma o conteúdo da Bíblia, mas o correto pensamento divino sobre os homens. A Bíblia não nos conta como nós devemos falar para Deus, mas o que Ele diz para nós; não como encontramos o caminho para ele; mas como Ele tem visto e encontrado o caminho para nós; não a correta relação na qual nos devemos situar a nós mesmos com relação a Ele, mas o pacto que ele fez com todos os que são filhos espirituais de Abraão e que selou de uma vez por todas em Jesus Cristo. É isto que está na Bíblia, a Palavra de Deus está na Bíblia. [12] (grifo nosso)
Este último grifo talvez seja o ponto de maior crítica à obra deste autor. Os críticos (normalmente os calvinistas defensores da TULIP)  afirmam que ele sugeria que a Bíblia poderia possuir falhas (não do conteúdo, mas ortográficas, geográficas, históricas e outros) e que abandonou o conceito ortodoxo (que também defendemos) de que a Bíblia é a palavra de Deus e não “contem”, mas é, a Palavra. Mas isto, sobre o abandono a ortodoxia por Barth, não considero verdadeiro, muitas vezes ele defendeu a Bíblia como sendo a palavra de Deus, como superior a qualquer outra forma ou expressão, pois por meio das Escrituras Deus se revela aos homens. Mas para Barth a palavra também tem o sentido da revelação de Cristo, o logos divino, quando Jesus declara “são elas que dão testemunho de mim”, é neste sentido que Barth diz que a Bíblia contém a palavra, no sentido que por meio das Escrituras o homem tem um encontro pessoal com Deus, com o logos divino, enfatizando que Cristo (Deus) é ainda superior à própria Palavra, que é a revelação de Deus aos homens, porque a Palavra vêm de Cristo e não Cristo da palavra. (não sei se consigo ser suficiente claro neste ponto, mas é isto). Barth enfatiza que Deus está além da letra, assim como está além da melhor perspectiva humana a respeito Dele. O que Barth sugere (ou como entendemos este ponto) é que, por exemplo, duas pessoas leem a Bíblia, uma, pela ação do Espírito Santo, a compreende e tem um encontro real com Deus e outro, a quem Deus não se revelou (por razões que só Ele conhece), jamais poderá conhecer a Deus, sem a ação do Espírito, simplesmente pela letra. Quantos leem a bíblia e não creem? Certamente muitos. Neste sentido, a palavra de Deus, o logos, a revelação de Deus ao homem, está na Bíblia. De todo modo,longe da polêmica, a melhor e mais simples forma de entender isto é compreender que a Bíblia é a Palavra de Deus (e ponto), saiu do coração Dele, divina inspirada, inerrante, aos homens.
“A história Bíblica no Antigo e no Novo Testamento não é absolutamente história, mas vista de cima é uma série de atos livres divinos e vista debaixo uma série de tentativas infrutíferas do empreender algo em si impossível.” [13]

Crítica a religião

Como toda a escola reformada, assim se considera e ele mesmo se considerava, Barth criticou toda tentativa humana de justificação, tratando esta conduta como um pecado, uma rebelião. Segue uma de suas definições do ato religioso: “Como já vimos as duas formas primitivas, por assim dizer, normais de toda a religião são a formação de uma ideia de divindade e o cumprimento de uma lei. A urgência religiosa do homem busca apaixonadamente satisfazer-se por intermédio desses duas figuras: uma ideia de divindade, uma norma de comportamento.” [14]
Em busca de justificar-se, tornar-se aceitável diante de Deus, o homem religioso cria um conjunto de regras exteriores para cumpri-las, além disto, forma uma ideia e conceito próprio e particular sobre Deus, que se seja adequada a si mesmo.
ELEIÇÃO – Eleitos em Cristo e para Cristo.
Ponto de grande destaque é a doutrina da eleição. Neste tema Karl Barth se aprofundou como nenhum outro teólogo antes dele. Escreveu sobre este tema com muita propriedade e dizia que a doutrina da eleição não produz a insegurança da incerteza, de estar ou não estar em Cristo, nem a eterna dúvida do decreto mecânico, eleito ou não eleito, como pregou e prega a escola Calvinista, NÃO, mas de uma forma que produz paz, conforto, certeza e segurança, sem injustiça, sem produzir acepção de pessoas sem nenhum motivo.
“Quando nós perguntamos a Bíblia o que ela tem a nos oferecer, ela responde colocando-nos o fato da eleição.” [15]
“Sobre Jesus Cristo, nada sabemos com maior certeza e exatidão do que isto: em livre obediência a Seu Pai, Ele escolheu ser homem, e como homem, fazer a vontade de Deus. Se Deus nos elege igualmente, essa nossa eleição se dá na eleição de Jesus Cristo e por meio dela, neste ato de livre obediência e por meio dele, por obra de Sue Filho[…] É nele que a eleição eterna se converte imediata e diretamente na promessa da nossa eleição, decretada que foi no tempo do nosso chamado, ou vocação, para a fé, do consentimento por nós concedido para a intervenção a nosso favor, da revelação de nós mesmos como filhos de Deus.” [16]
O Dr. Roger Olson, em Teologia Arminiana, mitos e realidades, diz que não é possível um híbrido entre calvinismo e arminianismo, ou estamos de um lado ou de outro, no que tange a soteriologia. Em parte discordo. Sobre a eleição e predestinação a teologia de Barth não é um hibrido de Calvino e Armínio, na realidade ele está em uma perspectiva totalmente diferente, um modo de pensar diverso, de maneira que hora coincide com algum ponto, que diríamos estar ligado a teologia calvinista (Ex: escolha de Deus, determinação de Deus), ora em um ponto que consideraríamos claramente arminiano (ênfase na necessidade decisão individual frente a ação da graça; escolha humana a respeito do sacrifício divino, a liberdade derrama sobre os homens), então, em alguns momentos ele tece críticas as duas escolas, em certo momento as duas ao mesmo tempo, como veremos mais adiante no ponto predestinação.
“O que acontece é que a igreja e os filhos de Deus sempre são tentados a inverter a ordem da eleição divina, colocando em primeiro lugar sua fé, seu amor, seu testemunho, sua tradição e sua esperança e, imaginando que podem livremente decidir-se por Jesus Cristo, não se apercebem que nisso revelam que já não sabem o que esse nome significa.” [17]
“[a graça] em primeiro lugar ela sublinha o fato muito simples, mas que nunca foi nem será suficientemente considerado: de que a graça é graça de Deus, ato seu, obra sua, vontade sua e reino seu. Isso também significa, em todos os casos, que ela não só é uma determinação, mas uma predeterminação, predestinação da nossa existência humana; que perante ela estamos lidando apenas com uma instância a deparar-se conosco, mas com uma instância superior a nós, de uma superioridade fundamental e qualitativa. Quando nós decidimos perante ela, então sempre já está decidido sobre nós mesmos: Desde o princípio (2 Ts 2.13), “antes da criação do mundo”, (Ef 1.4), portanto antes de tomarmos conhecimento dela ou de nem sequer necessitarmos dela, independentemente (e entenda-se bem, independentemente no próprio Deus) da concretização e de toda a formação pecaminosa ou justa de nossa existência”. [18]
“Outra coisa também não pode significar mais especificamente o conceito da eleição: O que ela ressalta é a liberdade da graça. […] Sempre já em si mesmo graça quando uma pessoa pode aceitar graça. […] também a decisão humana frente à decisão do Deus misericordioso (a qual, entretanto, precisa ser tomada) sucede baseada em decisão prévia de Deus” [19]
“Jesus Cristo é a realidade da aliança entre Deus e o homem”. [20]
Poderíamos falar muito, porque Barth falou bastante a respeito da doutrina da eleição e porque a partir do confronto das várias perspectivas teológicas, e especialmente a dele, construímos a nossa própria perspectiva deste mistério, de antes da fundação do mundo, revelado em Cristo. A eleição de Deus em Cristo.

Predestinação

Neste tema ele critica as duas escolas soteriológicas tradicionais, calvinismo e arminianismo, propondo uma mudança de perspectiva. Mas isto é um assunto no qual necessitaríamos escrever muito mais do que pretendemos neste pequeno artigo. Leiamos, então, o próprio Barth:
“Portanto a doutrina da predestinação não é porventura religiosa do determinismo, nem tampouco aquela forma do mesmo, que deduz a partir da experiência religiosa. Pelo contrário: Ela nega tanto o determinismo quanto o indeterminismo. Ao proclamar a liberdade e senhorio de Deus, ela está tão distante daqueles que colocam o conceito da necessidade no topo do seu sistema e o propalam como princípio do universo, quanto daqueles que atribuem ao conceito da liberdade esta mesma posição. Não se pode negar que a doutrina da predestinação, tanto a de Calvino quanto a de Lutero na época do “Servo Arbítrio” (de Zwinglio então, nem se fala) sofreu muita influência do determinismo; isto trouxe consequências funestas, e precisamos ter a hombridade de não ir atrás deles neste ponto.” [21] (grifo nosso)
A ênfase da doutrina da eleição, e consequente predestinação, consiste em uma palavra “NELE”. Ef 1.4-13. Sintetizada na frase abaixo:
“Eleitos em Cristo” evidentemente quer dizer em primeiro lugar: Não em nós mesmos.” [22] (grifo nosso)

Dupla predestinação (não no formato calvinista)

Para Barth, falar deste assunto é falar sobre duas perspectivas, uma divina, fora do espaço-tempo, incondicional (em muitos sentidos, mas não se referente à escolha do individuo A e/ou B para perdição ou salvação), e outra a perspectiva humana, dentro do espaço-tempo. Uma, a visão de cima para baixo e outra, divina, e outra a de baixo para cima, e que para o homem é impossível compreender/considerar ambas ao mesmo tempo, e por isto tanta polêmica e controvérsias a respeito do tema predestinação. (textos base: Rm 8.29-30; Ef 1.4-11, I Pe 1.2). Para o Suíço, em certo sentido, a eleição e a predestinação são sempre dupla, vejamos:
“Olhando da perspectiva do eleito, eleição significa um ato de liberdade e senhorio; olhando para os eleitos, significa um ato de escolha e distinção. Não existe eleição se não houver também não-eleição, preterição, repúdio. Por esta razão a doutrina da predestinação forçosamente é doutrina da dupla predestinação. É desta forma que ela também se encontra, sem dúvida, na escritura sagrada: “Muitos são chamados, mas poucos escolhidos” (Mt 22.14). “Amei a Jacó, porém me aborreci de Esaú” (Rm 9.13). “Naquela noite dois estarão numa cama; um será tomado, e deixado o outros; duas mulheres estarão juntas moendo; uma será tomada, e deixada a outra; dois estarão no campo, um será tomado, e o outro deixado (Lc 17.34s)”. [23]
Caro leitor, muita atenção, para não confundir a dupla-predestinação que Barth afirma com o fatalismo calvinista, pois não há qualquer relação entre elas. O que o teólogo suíço enfatiza é que “onde há eleição, há rejeição”, se eu escolho algo, entre muitos ou alguns, por consequência eu rejeito algo, inevitável. A pergunta que fica é “o que Deus rejeitou e rejeita”? Mas esta explicação deixaremos para aprofundamento em algum outro momento.
“Não podemos reconhecer nossa eleição em Jesus Cristo sem reconhecer primeiro e antes de mais nada a nossa rejeição, e isto mais uma vez também em n´Ele”. [24]
“Entenda-se bem: Precisamente Jesus Cristo na cruz é, afinal, o eleito de Deus.” [25]
Jesus como o eleito de Deus… outro ponto daqueles em que é impossível escrever algo em algumas poucas linhas.

Crítica a predestinação calvinista

Sobre a interpretação calvinista de Romanos 9.10-23:
“Aqueles capítulos não dizem que a humanidade está dividida desta ou daquela forma, que há predestinados neste ou naquele sentido, assim como há homens e mulheres, brancos e negros. Neste ponto a doutrina clássica da predestinação, numa funesta consequência de outros de erros seus, representava uma antropologização, mecanização e estabilização ilícitas da majestosa alternativa divina sob a qual estamos colocados em Jesus Cristo e cujo testemunho é o sentido da doutrina bíblica da predestinação.” [26]
Eleitos estamos ao dizer sim a Cristo: “Eleitos estamos nós ao dizermos sim à nossa eleição em Jesus Cristo, e assim justamente ao dizermos sim também para a nossa rejeição, porém para a nossa rejeição carregada e anulada por Jesus Cristo, e somente então sobretudo para a nossa eleição.” [27]
 “Afinal a pessoa humana em sua livre decisão é objeto da prévia decisão divina.” [28]

A humanidade de Deus

Karl Barth não teve receio de falar no aspecto da humanidade de Cristo. Muito de fala em Cristo, em seu aspecto divino, como alguém que está longe, quando Ele é o Emanuel. Muito se fala na rejeição do homem por Deus, por causa da queda de Adão, mas pouca sobre a escolha de Deus pela humanidade, criar a humanidade, encarnar em Cristo, e ser parceiro superior da aliança e Deus do homem. Barth ousou tratar sobre isto.
“Sim, e este é o ponto para trás do qual não se pode mais retroceder: Deus está ao lado do ser humano. Isso é soberanamente fundamentado nele mesmo, e unicamente por ele mesmo determinado, delimitado e ordenado. Assim, e não de outra maneira, ele se torna acontecimento e se torna conhecível. Trata-se, porém, de que Deus realmente está ao lado do ser humano. Quem é Deus e o que ele é em sua divindade, isso ele demonstra e revela não no espaço vazio de um ser-para-si divino, mas, de modo autêntico, justamente no fato de existir, falar e agir como parceiro (por certo pura e simplesmente superior) do ser humano. Aquele que faz isso, esse é o Deus vivo. E sua divindade é a liberdade na qual ele faz isso. Ela é a divindade que, como tal, também tem o caráter de humanidade. Somente desta forma e afirmação da divindade de Deus devia e deve ser contraposta àquela teologia do passado: em forma de recepção positiva, não de rejeição irrefletida da partícula veri que de modo algum lhe pode ser negada, mesmo quando se descobre radicalmente sua fraqueza. Justamente a divindade de Deus, corretamente compreendida, inclui sua humanidade.[29]
“No espelho da humanidade de Jesus Cristo revela-se a humanidade de Deus, incluída em sua divindade. Deus é assim com ele. Assim diz seu sim ao homem. Assim ele participa do ser humano. Assim ele se engaja em favor do ser humano.” [30]

O homem

O que é o homem? “O homem é um enigma e nada mais, e seu universo jamais será tão vivamente visto e sentido, é uma questão. Deus continua em contraste com o homem como o impossível em contraste com o possível, como a morte em contraste com a vida, como a eternidade em contraste com o tempo. A solução do enigma, a resposta à questão, a satisfação da nossa necessidade é absolutamente o novo evento pelo qual o impossível torna-se por si mesmo possível, a morte torna-se vida, a eternidade tempo, e Deus homem.” [31]
“O homem nem é capaz de reconhecer por si mesmo sua inquietude e seu pecado. É-lhe necessário primeiro conhecer Jesus Cristo: é em sua luz que nós vemos a luz que nos revela nossas próprias trevas.” [32]
ESPAÇO-TEMPO, o dilema, o que gera dificuldades interpretativas, é a falta de compreensão desta diferença, entre o que é temporal e Deus que está fora do tempo. Desejamos a satisfação dos nossos interesses, propondo o foco de Deus a nós, a nossa escolha pessoal ou a nossa decisão, e não o foco Nele, no que Ele deseja, escolheu, planejou.
“Confundimos a eternidade com temporalidade. Esta é nossa falta de respeito no relacionamento com Deus. Secretamente, nesse modo de proceder, somos nós os senhores. Para nós não se trata de Deus, porém das nossas necessidades [de nossos desejos e conveniência] pelas quais queremos que Deus se oriente.” [33]
“É preciso considerar-se em conjunto, no mesmo momento, a eternidade e o tempo, Deus e o homem, para compreender o que realmente significa o nome de Jesus Cristo! Jesus Cristo é a realidade da aliança entre Deus e o homem”. [34]

Aliança eterna em Cristo

Ora, o Deus de paz, que pelo sangue da aliança eterna tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande pastor das ovelhas”. Hb 13.20
Este ponto é difícil de tratar, porque é o ponto que gostamos muito. Mas Barth trata e explica o que vem ser a aliança que Deus propôs, antes da fundação do mundo (Mt 25.34; Ef 1.4; I Pe 1.20; Ap 13.8). A minha própria teologia se origina e se desdobra sobre este propósito e aliança, Cristo, porque a Bíblia fala disto, da aliança entre Deus e os homens (aqueles que creem) por meio de Jesus Cristo. Mas vamos colar, pelo menos, a definição do que seria esta eterna aliança em sua teologia. Segue:
“Em sua palavra Deus revela o seu agir no horizonte de sua aliança com o ser humano; e na história da constituição, manutenção, realização e conclusão desta aliança ele se revela a si mesmo. Revela sua santidade, mas revela também a sua misericórdia – misericórdia de pai, de irmão, de amigo. Revela também seu poder e sua majestade como senhor e juiz do ser humano; revela, portando, a si mesmo como o primeiro parceiro dessa aliança , a si mesmo como o Deus do ser humano. Mas em sua palavra revela também o ser humano como criatura, como seu devedor insolvente, como ser perdido sob seu juízo. Mas também revela-o como criatura mantida e salva por sua graça, como ser humano libertado para Deus, posto a seu serviço. Revela o ser humano como seu filho e servo,  como amado por Ele e, portanto, como segundo parceiro da aliança; em síntese: revela o ser humano como o ser humano de Deus.” […]  A aliança é a união de Deus com esse povo, dentro de sua história comum. Ela fala, de maneira estranhamente contraditória, mas inequívoca, do encontro jamais interrompido, do diálogo, da comunhão entre o Deus santo e fiel e um povo que não é santo e nem fiel. Assim ela fala simultaneamente da presença constante e fiel do parceiro divino, e do falhar de seu parceiro humano, destinado a ser-lhe conforme, a corresponder à sua santidade, a responder com fidelidade à sua fidelidade divina. Assim ela revela a plenitude divina da aliança – não a humana. Neste sentido ela ainda não fala da aliança em sua plenitude consumada. É assim que, transcendo a si mesma, aponta para uma consumação que nela tende a realizar-se, que, no entanto, ainda não chega a ser realidade”. [35] (assim fala da aliança entre Deus e Israel, como figura da aliança eterna em Cristo, entre este e a sua esposa).
“Em vista desse seu Filho, que devia tornar-se homem e portador dos pecados dos homens, Deus amou o homem e, com o homem, todo o mundo desde a eternidade, antes ainda de criá-los”, [36]
Muitos outros pontos, que também não podem ser ditos menores que principias, ficaram de fora deste nosso pequeno comentário, como “Deus, o totalmente outro”, que trata do aspecto da transcendência divina, “Analogia da Fé”, a contemplação e impossibilidade de captura do objeto da teologia (Deus), o papel da teologia, a própria doutrina da eleição que pode ser objeto de muitos outros estudos, mas ficaremos por aqui.
Espero que tenham gostado e esclarecido alguns pontos da teologia deste brilhante autor, que certamente, independente de qualquer coisa, e é admirado até mesmo pelos católicos, é impossível passar a história do pensamento teológico sem citá-lo, e se porventura formos listar os maiores nomes da história da teologia, certamente Karl Barth estará entre eles. Graça e paz a todos.
[1] MILLER, Ed. L.; GRENZ, Stanley J. Teologias Contemporâneas. Tradução: Ativan G. Mendes. São Paulo: Vida Nova, 2011. p. 13-14.
[2] ERICKSON, Millard J.. Dicionário Popular de Teologia. Tradução: Emerson Justino. São Paulo: Mundo Cristão, 2011. p. 134.
[3] GONZALEZ, Justo. Breve Dicionário de Teologia. Tradução: Silvana Perrella Brito. São Paulo: Hagnos, 2009. p. 93.
[4] STOTT, Jonh. A Cruz de Cristo. Tradução: João Batista. São Paulo: Editora Vida, 2006. p. 166-167.
[5] GOUVÊIA, Ricardo Quadros, apud. BARTH, Karl. Palavra de Deus, Palavra do Homem, 2ª Ed.São Paulo: Fonte Editorial, 2011.p. 31.
[6]BARTH, Karl. A Revelação de Deus como Sublimação da Religião. São Paulo: Fonte Editorial, 2011, p. 13.
[7]  Ibid. p. 44.
[8]  Ibid. p. 113.
[9]  BARTH, Karl. Esboço de uma Dogmática. São Paulo: Fonte Editorial. 2006, p. 27.
[10] BARTH, Karl. Dádiva e louvor: Ensaios teológicos de Karl Barth. Tradução: Walter O. Schlupp, Luis Marcos Sander e Walter Altmann. São Leopodo: Sinodal/EST, 2006.p. 247.
[11] BARTH, Karl. Esboço de uma Dogmática. São Paulo: Fonte Editorial. 2006. p. 75.
[12]BARTH, Karl. Palavra de Deus, Palavra do Homem, 2ª Ed.São Paulo: Fonte Editorial, 2011.p. 98-99.
[13] Ibid.p. 121.
[14] BARTH, Karl. A Revelação de Deus como Sublimação da Religião. São Paulo: Fonte Editorial, p. 69.
[15]BARTH, Karl. Palavra de Deus, Palavra do Homem, 2ª Ed.São Paulo: Fonte Editorial, 2011.p. 110.
[16]BARTH, Church Dogmatics, 1/I, p. 105-106. Apud MILLER, Ed. L.; GRENZ, Stanley J. Teologias Contemporâneas.Tradução: Ativan G. Mendes. São Paulo: Vida Nova, 2011. p. 13-14.
[17]BARTH, Karl. A Revelação de Deus como Sublimação da Religião. São Paulo: Fonte Editorial, 2011. p. 134.
[18] BARTH, Karl. Dádiva e louvor: Ensaios teológicos de Karl Barth. Tradução: Walter O. Schlupp, Luis Marcos Sander e Walter Altmann. São Leopodo: Sinodal/EST, 2006.. p. 239-240.
[19] Ibid. p. 240.
[20] BARTH, Karl. Esboço de uma Dogmática. São Paulo: Fonte Editorial. 2006. p. 95.
[21] BARTH, Karl. Dádiva e louvor: Ensaios teológicos de Karl Barth. 



EDUCAÇÃO FAMILIAR

A
primeira instituição que Deus fundou foi a família. Aliás, Ele estabeleceu apenas três instituições: a família, o governo e a igreja. Essas três instituições constituem os elementos básicos de uma sociedade sólida e bem ordenada. A família foi formada por Deus (Gn 2:18-25).  Ela proporciona a seus membros um abrigo, onde se preparam para entrar na sociedade e para servir a Deus e ao próximo. O governo foi estabelecido por Deus (Gn 9:4-7; 10.5; Rm 13:1-8) com o objetivo de proteger o homem de indivíduos depravados que, ou não tinham sido preparados em suas famílias, ou se recusavam a obedecer aos princípios de Deus relativos ao respeito aos outros e à propriedade deles, princípios esses tão necessários à civilização.
         A igreja foi instituída muitos anos depois, devido ao fato de a família e o governo terem fracassado na função de proteger o homem de si mesmo e do próximo. O pecado básico do egoísmo ou da vontade própria, que dominava o coração do homem, havia levado a sociedade a uma condição terrível de tal forma que a maioria dos seres humanos era escravos de outros. E foi a esse ambiente pecaminoso que Deus enviou seu Filho, Jesus Cristo, para morrer pelos pecados do homem, a fim de que este (o homem) pudesse “renascer” e obter uma nova natureza. Essa natureza o capacitaria a obedecer aos princípios revelados na Palavra de Deus, e o fariam chegar à felicidade e à realização pessoal. Dentro da conjuntura da família encontramos funções e papéis estabelecidos por Deus, primeiramente para o casal, posteriormente também para sua descendência. Neste estudo abordaremos em primeiro lugar as funções e em seguida os papéis, do marido, da esposa e dos filhos.

I - FUNÇÕES FAMILIARES
        Identificamos como funções familiares, as seguintes: 
1 - Geradora de afeto, entre os membros da família; 
2 - Proporcionadora de segurança e aceitação pessoal, promovendo um desenvolvimento pessoal natural; 
3 - Proporcionadora de satisfação e sentimento de utilidade,  através das atividades que satisfazem os membros da família; 
4 -Asseguradora da continuidade das relações,  proporcionando relações duradouras entre os familiares; 
5 - Proporcionadora de estabilidade e socialização, assegurando a continuidade da cultura da sociedade correspondente;
 6 -Impositora da autoridade e do sentimento do que é correto,  relacionado com a aprendizagem das regras e normas, direitos e obrigações características das sociedades humanas. Para além destas funções, acrescenta-se ainda uma função relativa à saúde, na medida, em que a família protege a saúde dos seus membros, dando apoio e resposta às necessidades básicas em situações de doença.
        A família, como uma unidade, desenvolve um sistema de valores, crenças e atitudes face à saúde e doença que são expressas e demonstradas através dos comportamentos de saúde-doença dos seus membros.
        A família tem como função primordial a de proteção, tendo, sobretudo, potencialidades para dar apoio emocional para a resolução de problemas e conflitos, podendo formar uma barreira defensiva contra agressões externas. A família ajuda a manter a saúde física e mental do indivíduo, por constituir o maior recurso natural para lidar com situações potenciadoras de stress associadas à vida na comunidade.
        Relativamente à criança, a necessidade mais básica da mesma, remete-se para a figura materna, que a alimenta, protege e ensina, assim como cria um apego individual seguro, contribuindo para um bom desenvolvimento da família e consequentemente para um bom desenvolvimento da criança. A família é então, para a criança, um grupo significativo de pessoas, de apoio, como os pais, os pais adotivos, os tutores, os irmãos, entre outros. Assim, a criança assume um lugar relevante na unidade familiar, onde se sente segura. A nível do processo de socialização a família assume, igualmente, um papel muito importante, já que é ela que modela e programa o comportamento e o sentido de identidade da criança.
        A família tem também, um papel essencial para com a criança, que é o da afetividade, tal como já foi referido. Para MCHAFFIE (cit. por PINHEIRO, 1999), a sua importância é primordial, pois considera o alimento afetivo tão imprescindível, como os nutrientes orgânicos. “Sem o afeto de um adulto, o ser humano enquanto criança não desenvolve a sua capacidade de confiar e de se relacionar com o outro”.
        Deste modo, a família constitui o primeiro, o mais fundante e o mais importante grupo social de toda a pessoa, bem como o seu quadro de referência, estabelecido através das relações e identificações que a criança criou durante o desenvolvimento tornando-a na matriz da identidade.

II - OS PAIS SÃO RESPONSÁVEIS PELO LAR

1 - O Papel do marido e da esposa
        Quando Deus criou o homem e a mulher, houve um propósito determinado. Deus colocou a mulher junto do homem para ajudá-lo, porque sabia das necessidades do ser que Ele próprio criou. A posição do marido na linha do parentesco foi estabelecida por Deus desde o jardim do Éden. As Escrituras revelam a importância deste relacionamento no fato do casamento ter os seus padrões provenientes do céu. Como assim? A igreja é retratada na Bíblia como a noiva e a esposa de Cristo. Efésios 5:25b, diz que “Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela”. A parte “a” deste mesmo versículo traz o padrão divino para reger o relacionamento do homem com sua mulher: “Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja”. O raciocínio de que o relacionamento do homem com a mulher deve se inspirar na relação existente entre Cristo e a Igreja, transforma esse relacionamento numa responsabilidade de tão grande magnitude que, sem a ajuda do próprio Jesus, que se oferece como modelo, o homem fracassará.
Ao marido que ama e teme ao Senhor Jesus, é possível imitá-lo em toda maneira de viver e ser-lhe semelhante, no seu relacionamento com sua esposa.
        Deus revelou claramente em sua Palavra qual deve ser o papel do homem e da mulher. Assim como o organismo do homem e da mulher se complementam entre si, assim também suas respectivas funções se completam também. Assim sendo, o sucesso delas dependerá da cooperação dos dois.
        É por isso que Deus prefacia o texto de instruções sobre essas funções da seguinte maneira: “Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Jesus”  (Ef. 5:21). Os cônjuges que sinceramente se sujeitam um ao outro não têm a menor dificuldade em aceitar o ensino bíblico com relação à suas funções e a observância delas. Assim, eles se auxiliam mutuamente no cumprimento de seus papéis dentro do lar.
1.1 - O PAPEL DO MARIDO
        A família controlada pelo Espírito Santo deve estar sempre atenta ao manual divino sobre a conduta humana, que é a Bíblia; ela fornece instruções explícitas sobre como a família deve funcionar. O diagrama a seguir ilustra os diversos papéis do homem, segundo o planejamento divino. A maneira como o homem assume e se desincumbe dessas tarefas irá determinar sua contribuição para a felicidade e o bem-estar da família:

O Cabeça da família 

 O amado da esposa Provedor


Marido


Administrador do lar Sacerdote



O homem como cabeça da família
        A primeira determinação de Deus para o homem foi a de chefe de família. O texto de Efésios 5:23 afirma que: “Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o Salvador do corpo”. Este mesmo princípio é repetido em I Coríntios 11:3. Sempre que falamos sobre o homem como cabeça do lar, há uma tendência para se confundir esse papel com a velha ideia paternalística, onde o pai é ditador; mas não coincide com o ensino bíblico. O princípio da liderança divina sempre é colocado diante de nós mesclado em amor. O Senhor Jesus nos guia, orienta, toma decisões por nós e assume responsabilidades
por nós, sempre com um espírito de amor e alta consideração, mantendo em todo o momento um supremo interesse pelo nosso bem.
         A diferença entre o simples exercício da chefia no lar e uma chefia exercida em amor, é que, quando o marido é obrigado a tomar uma decisão, deve exercer essa prerrogativa com amor. Um chefe de família que ama os seus tomará suas decisões tendo sempre em vista o bem da família. A autoridade que o marido exerce na família não deve ser: (1) Uma ditadura. Muitos homens interpretam erradamente Efésios 5:23 para justificar atitudes e comportamento autoritário no casamento. Gritam, mandam, exigem obediência com tamanha imposição, capaz de ser olhado com medo e não com amor pela esposa; (2) Uma garantia de respeito automático. É verdade que foi Deus quem determinou que o marido fosse o cabeça do lar. Exercer a autoridade, entretanto, requer sabedoria, ou a família lhe negará o devido respeito; (3) Um individualismo. Autoridade não quer dizer que o marido tem de tomar todas as decisões sozinho. Embora chefia envolva autoridade, isto não implica que a esposa deva ser alijada sob a alegação de que é incapaz de decidir ou ajudar ao marido. Autoridade é responsabilidade, liderança e exemplo. A autoridade do marido sobre a esposa é espiritual e lhe é conferida por Deus.
 Cinco observações importantes no momento de se tomar decisões:
(1) Nunca tome uma decisão sem ouvir e examinar a opinião da esposa;
(2) Ore sempre, pedindo a Deus sabedoria (Tg. 1:5);
(3) Analise sempre a sua motivação ao tomar uma decisão. Será ela para o bem de minha esposa? Ou está sendo inspirada por um desejo egoísta e preconceituoso?;
 (4) Use sempre o tato na tomada de decisões. Um homem inteligente não irá alienar de si os familiares que ama;
(5) Uma vez tomada a decisão, não volte atrás cedendo a pressões (acessos de raiva, frieza, etc.). Entretanto, mantenha-se acessível a outras evidências que possam mostrar que a decisão tomada tornou-se obsoleta, e uma mudança se faz necessário. Pelo plano de Deus, o homem deve tomar as decisões finais. À medida que a família cresce, a tomada de decisões se torna mais difícil. Como a esposa atua como gerente do lar – estando em maior contato com os filhos e as questões da casa - tende a tomar decisões, com base nessa perspectiva. O homem então tem que analisar as sugestões dela, mas de uma perspectiva mais ampla. A esposa sábia saberá entender a decisão do marido, se não puderem fazer uma viagem de férias. Pode ser que ele esteja pensando em gastos futuros com impostos ou consertos necessários na casa. Um dos mais difíceis aspectos do relacionamento humano é justamente esse, de tentar enxergar as coisas pelos olhos de outrem. O ideal é que o casal, na medida em que o amor amadurece, aprenda a ver as coisas do mesmo modo, a despeito das diferenças de temperamento. Uma observação para os homens sobre submissão Não é fácil para uma mulher de vontade forte submeter-se a um homem “em tudo”. Se ela for de temperamento forte, mesmo que seja cheia do Espírito Santo, terá que esforçar-se muito para se submeter a ele.
        O marido pode colaborar procurando ser justo e examinado detidamente o ponto-de-vista dela, e às vezes aceitando-o, quando for possível, sem ceder em seu papel de cabeça da família.
        O marido sábio é homem bastante para reconhecer que, muitas vezes, as ideias da esposa são melhores que as suas. Com relação ainda à submissão da esposa, é que ela terá mais facilidade para respeitar o marido, se ele for um bom líder. Em todos os temperamentos existe um ponto fraco no que se refere à liderança, e que o homem precisará fortalecer. Os coléricos têm uma liderança agressiva e forte, e precisam cultivar mais compaixão e consideração pelos outros. Os sanguíneos tendem a ser incoerentes, tomando decisões precipitadamente, que, às vezes, a esposa tem dificuldade de executar. Eles precisam, aprender a tomar menos decisões, porém decisões mais deliberadas, e imprimi-las com mais sabedoria. Os melancólicos tendem a serem legalistas exigentes, que até talvez gostassem de retornar ao Antigo Testamento, e mesmo assim ainda acharia alguma coisa para criticar. Eles precisam procurar serem líderes reconhecidos pela sua “doce sensatez”. Os fleumáticos precisam esforçar-se para exercer uma liderança mais agressiva. Muitas vezes, quando os filhos estão na adolescência, época em que precisam tomar decisões e avaliações importantes para a vida, o pai prefere chegar do serviço, ir direto para o seu canto e trabalhar, ou seja, abdica da posição de chefe da família, em favor da esposa. Finalizando, o amor e o respeito andam sempre juntos, um não pode persistir por muito tempo sem o outro. Para manter o amor da esposa, o marido tem que conquistar o respeito dela.

b) O marido como o amado da esposa
        Depois de Deus, o grande amor da vida de um homem deve ser sua esposa. O mandamento diz que ele deve amá-la mais que a seu próximo: “Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5:25). E com relação ao próximo, deve amá-lo “como a si mesmo”. O que é amor? Todos concordam que é um sentimento. Mas, quando se trata de saber de onde ele vem e como uma pessoa o obtém, as respostas são várias. Sendo um sentimento, o amor é uma força motivadora que leva à ação, e, por isso, a melhor maneira de analisá-lo é ver o que ele faz. O diagrama a seguir baseia-se em I Coríntios 13:4-8, e aplica-se principalmente ao amor do marido pela esposa, pois descreve a maneira como ele irá tratá-la, se estiver controlado pelo Espírito Santo.
                                              generoso
paciente   

                          as características do 
                      humilde                          AMOR                     afável       
      




sincero                      confiante
 atencioso 




- Paciente. Você pode perguntar: “Amo minha esposa, mas às vezes fico tão impaciente com ela. Qual será a razão?” O problema, é que nesses momentos de impaciência, você ama mais a si mesmo do que a ela. Senão seria mais paciente. O verdadeiro amor é paciente e perseverante. A mulher é emocionalmente mais forte do que pensamos. Ela suporta mágoas e dores melhor do que os homens. Mas no lar, ela é extremamente sensível a maldade por parte do marido e dos filhos. E isso se aplica principalmente no que diz respeito ao falar. O amor é o prêmio do amor.
- Generoso. O verdadeiro amor é generoso e sente um grande prazer quando o cônjuge obtém sucesso na vida. O amor generoso se manifestará também na maneira como o casal gasta o dinheiro; como recebe; como contribui para a igreja e projetos sociais etc. A melhor maneira de se receber amor é dar amor.
- Humilde: Um espírito de orgulho é um verdadeiro destruidor do amor e, portanto, não pode ter vez na vida de um homem controlado pelo Espírito Santo, cujo amor o leva a esquecer-se de si mesmo e de seus “direitos”, a fim de atender às carências emocionais da mulher.
- Atencioso. Se Jesus Cristo, que é a própria personalização do amor, estivesse aqui na terra hoje, trataria todas as mulheres como damas. Os maridos não podem fazer menos para com suas amadas que têm o seu nome. - Sem egoísmo. O egoísmo destrói um casamento.
        A pessoa antes de casar deve examinar atentamente o “quociente de egoísmo” do futuro cônjuge. Se ele não for egoísta, suas raivas e temores serão bem mais controlados. A pessoa mais difícil de se amar durante longo período de tempo não é aquela que é pouco atraente ou sem personalidade, mas a egoísta. A felicidade depende muito de aprendermos a dar de nós mesmo a outros, dar de nosso tempo, talentos e bens.
- Afável. A desarmonia, o mau gênio e irritabilidade comum a tantas famílias serão substituídos pelo terno amor e paz do Espírito Santo. Este amor não se mostra supersensível, não se ofende com facilidade, nem é defensivo. Nunca reage com ira ou hostilidade, seja verbal ou emocionalmente. Os lares mais equilibrados são aqueles que se acham sob o controle do Espírito Santo.
- Confiança. O ciúme, a desconfiança é um cruel feitor. É finito, geralmente, da insegurança de um cônjuge. Quem tem um temperamento que tende para tais pensamentos deve sempre procura analisar tudo através da lente de aumento do amor. Um espírito de amor não somente está pronto a andar a segunda milha, mas também a perdoar. O amor próprio, pelo contrário, é rápido para condenar.
- Sincero. A mentira é prejudicial a qualquer tipo de relacionamento humano. O homem que começa dizendo à esposa pequenas “mentirinhas”. O verdadeiro amor não somente é sincero, mais ainda faz tudo que pode para ser sincero – em palavras e atos.        O amor é um ser vivo que precisa de alimento, água e cuidados especiais. Ele precisa sempre ser reavivado. Uma fórmula de três etapas é importante para manter acessa a chama do amor:

(1) andar no Espírito;
(2) nunca ficar pensando muito em mágoas, ofensas e injúrias, nem nos pontos fracos do cônjuge;
(3) duas vezes ao dia, durante três semanas, dar graças a Deus por qualidades positivas de seu cônjuge.

        Se o marido conservar na mente o quadro que expressa o que Jesus fez, foi e é para a igreja, ele amará a sua mulher com amor profundo. E mais que isto, assim como Jesus conduz a igreja à santificação constante, do mesmo modo se colocará ao lado da esposa como veículo de santificação e não de tropeço para a sua vida. Assim como Jesus não teve a sua vida por preciosa para Si mesmo, pelo contrário, deu-a como meio requerido para fazer da Sua igreja aquilo que Ele sempre quis que ela fosse da mesma forma o marido não deve poupar esforços no sentido de levar a sua esposa não só a conhecer melhor o segredo de um relacionamento perfeito consigo mesmo, mas também como conhecer melhor a Deus e viver mais no centro da Sua suprema vontade.

c) O marido como provedor
        Desde o início, ao homem foi dada a responsabilidade de ser o ganhador do sustento da família. Disse Deus a Adão: “Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, porque dela foste tomado; porquanto és pó, e ao pó tornarás” (Gn. 3:19). No Novo Testamento, há o seguinte ensinamento para os homens: “Mas, se alguém não cuida dos seus, e especialmente dos da sua família, tem negado a fé, e é pior que um incrédulo” (I Tm. 5:8). É plano de Deus que o marido trabalhe para prover as necessidades da sua família. A ele cabe a responsabilidade de alimentar, vestir e educar seus filhos. O homem foi provido de ombros mais fortes, o que naturalmente dá-lhe condições de, se necessário corresponder ao trabalho árduo e à preocupação de trabalhar e adquirir os bens materiais necessários ao sustento da sua família. Um sintoma do colapso moral da família em nossa geração é facilidade com que o marido passa esta responsabilidade à esposa. Tal fato prova um grande desvio do padrão divino, sendo seus efeitos altamente prejudiciais à vida familiar. Por outro lado, o provedor controlado pelo Espírito Santo não pode ser um homem preguiçoso, mas também não pode estar obcecado pela ideia de adquirir bens. Antes ele deve buscar “em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt. 6:33). Neste texto há duas coisas importantes:
(1) Não é errado um crente se interessar em obter sucesso nos negócios. Mas, se este seu interesse superar o amor pelas coisas espirituais, aí tanto ele como a família estão sujeitos a enfrentar graves problemas;
 (2) Deus não irá dar lhe tudo, numa bandeja de prata, sem que trabalhe. O homem é extremista por natureza, e Satanás procurará destrui-lo ou de uma forma ou de outra: pela preguiça no caso de alguns, ou pelo excesso de trabalho.
        Com relação ao excesso de trabalho muitos homens têm se escondido atrás desse excesso, para não ter que cultivar sua vida espiritual e a de sua família.
        Feliz é o homem que compreende que o emprego é um bem que Deus lhe confiou. Quando o homem coloca o Senhor em primeiro lugar, à frente do seu trabalho, nunca será privado do seu sustento.

d) O marido como administrador do lar
        Em I Timóteo 3 temos um excelente exemplo para o administrador do lar cristão. É um exemplo que deve ser visto não só por bispos, ou ministros do Evangelho, conforme o texto, mas por todo responsável pela sua família, ou seja, o marido. Este exemplo é visto nos seguintes pré-requisitos:
(1) Alguém que “governe bem a sua própria casa”;
(2) “Alguém que crie os filhos” sob disciplina, com todo o respeito”. O marido é instruído a liderar bem a sua casa. Esse poder não é necessariamente exercido por injunções específicas, mas é a influência silenciosa de uma vida consagrada. Assim os membros da família seguem o exemplo do marido e pai e então são felizes. O marido é responsável pelos princípios que governam o orçamento do lar. Para tanto deverá buscar a orientação do Senhor pois, “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela” (Sl. 127:1). É dever do marido também cuidar da manutenção da casa e dos objetos que compõem seu imobiliário. O ideal seria que todo o homem tivesse algum princípio de conhecimento que o habilitasse a lidar com instalações elétricas, marcenaria etc., de sorte que não tivesse de pagar alguém para fazer pequenos reparos. Infelizmente existem homens que não sabem sequer trocar uma lâmpada. Se o marido não se preocupa com as coisas que se quebram não demorará muito até que sua casa fique em ruína.

e) O marido como sacerdote
      A função do homem mais negligenciada nos dias de hoje é exatamente aquela que era predominante nos tempos antigos – o sacerdote da família. A Bíblia nos diz, em Efésios 5, que o marido está para a esposa, assim como Jesus está para a Igreja. Se Jesus é o nosso Sumo Sacerdote, então o marido é o sacerdote de sua casa. A verdade é que na maioria dos lares é a mulher que cuida do ensino religioso dos filhos durante os primeiros anos. Mas, se pai não mostra interesse pelas coisas espirituais, quando os filhos atingem a adolescência a probabilidade de morte espiritual é extremamente elevada. Foi plano de Deus fazer do marido o guia espiritual da família, o sacerdote representante de Deus, velando pelo bem eterno da mesma; veja o exemplo de Jó cap. 1.5. O pai cristão deve se conscientizar que pode manifestar Deus a seus filhos através da sua confiança, fé e ações. Antes de preocupar-se em suprir os filhos de recursos financeiros o pai deve estar ocupado em prover-lhes um exemplo de santidade e de submissão integral à vontade de Deus. O cabeça da família deve, pois, refletir a imagem do Deus a quem serve. Consideremos alguns modos pelos quais o homem cumpre sua função de sacerdote do lar:
(1) deve ser um homem controlado pelo Espírito Santo;
(2) deve ter disciplina no estudo diário da Bíblia deve dirigir a devocional com os filhos. O sacerdote da casa também tem de orar por sua esposa.
        No dia de pentecostes os discípulos foram revestidos de poder porque estavam juntos orando. A oração criou entre eles uma comunhão tal que eram “unânimes”, e essa unidade de pensamento trouxe-lhes poder. Quando um homem ora pela e com a esposa, goza de maior comunhão com ela. O homem que deseja ser um com sua esposa precisa orar por ela e com ela. O homem-sacerdote que cumpre fielmente suas responsabilidades espirituais terá muitas alegrias. Ele está colocando em torno de sua família um cinto de proteção, que os protegerá contra os males deste mundo. O Papel da esposa Depois de haver criado o homem, disse Deus: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea” (Gn 2:18). Visando pôr fim a solidão do homem, Deus da “costela que tomara do homem, fez a mulher” (Gn. 2:22).

1.2 - Papel da esposa
        Depois de haver criado o homem, disse Deus: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea” (Gn. 2:18). Visando pôr fim a solidão do homem, Deus da “costela que tomara do homem, fez a mulher” (Gn. 2:22). As funções da esposa são cheias de desafio. Ela é mais do que mãe, amante e companheira. O diagrama abaixo apresenta as várias funções da esposa, que vamos analisar daqui em diante.






                                
Auxiliadora MÃE Amada
     
                           
                                  

Dona-de-casa

Discípula
                                                         



a) A esposa como auxiliadora

        A mulher foi criada para ser a amável companheira do homem e sua auxiliadora. Daí, ela ser participante da responsabilidade de Adão e com ele cooperar no plano de Deus para a vida dele e da família. O papel da mulher desde então, junto ao seu marido e ao seu lar, é de fundamental importância. “Auxiliadora” é aquela que pode suprir as necessidades do cônjuge adequadamente. Dentre os muitos pontos que salientam o papel da esposa como auxiliadora do marido destaca-se: - Auxiliadora no sentido afetivo.        Ela é mulher de um só homem - o seu marido. Ela se entrega a ele com amor e inteireza de coração. - Auxiliadora no sentido social. Ela contribui no sentido de conservar a imagem do seu marido como um homem de bem diante da igreja e da sociedade das quais são parte inseparável. - Auxiliadora no sentido profissional.
        A influência e o auxílio da esposa nesta área são de singular importância. Que ela possa exercê-la positivamente, acompanhando-o, incentivando-o, contribuindo nas decisões e levando o marido a superar as crises que porventura possam advir nesta área.
         - Auxiliadora no sentido espiritual. A esposa espiritual ela agirá para com seu marido como o “bom samaritano”, lhe estendendo a mão e o ajudando. Nunca se agirá como o levita ou o doutor da lei que ficou distante. Efésios 5:22 apresenta a seguinte orientação para as mulheres: “sejam submissas aos seus maridos”, isto é, que se sujeitem a eles. O verso 22 de ser seguido pelo 18, que ordena que ela seja cheia do Espírito Santo. Se ela tiver a verdadeira plenitude do Espírito, isto a capacitará a submeter- se ao marido, em amor. Neste ponto, é conveniente uma advertência para a mulher do século XXI. Não se deixe levar nem se deixe iludir pelos falsos ensinos que campeiam por aí. A Bíblia ensina que a atitude da mulher para com o marido deve ser de consideração, respeito e submissão. A palavra submissão não significa que ela deva ser destituída de todos os direitos, acorrentada, reduzida à condição de “escrava”. Pelo contrário, a submissão deve dar-lhe mais liberdade – pois ela está obedecendo à lei de Deus e seguindo o caminho da justiça. Submissão não significa repressão e silêncio; não é encerrar a mulher em um campo de concentração Ser uma verdadeira auxiliadora significa ajudar o marido, contribuindo com suas ideias, discernimentos e intuições. Submeter-se não implica em fechar a boca, parar de pensar e raciocinar, ou perder sua própria individualidade. A verdadeira submissão tem sua força plena, quando as atitudes da esposa e suas ações acham-se em perfeita harmonia com ela.
      A esposa deve ser exemplo dentro do lar, com comportamento e atitudes que possam ganhar seu esposo para Jesus. Submissão é a palavra-chave. A única exceção é no caso de o marido lhe pedir que faça algo contrário ao ensino bíblico. Aí ele (marido) não estaria mais atuando sob a autoridade de Deus, que nunca nos permite fazer algo que Ele já proibiu anteriormente. A Bíblia ensina que “antes importa obedecer a Deus do que aos homens”          (At. 5:29).

b)      A esposa como dona-de-casa
        O lar cristão é a evidência mais convincente no mundo, da realidade do Evangelho. Nele vemos pessoas amando e servindo uns aos outros, resolvendo conflitos, e obedecendo a Deus, assim deve viver os componentes de um lar. Mas um lar assim não é mero fruto do acaso. Precisa do esforço total dos seus integrantes, mais especificamente da esposa, mãe e dona-de-casa. Criar um clima e um ambiente onde os componentes do lar sintam-se bem é atribuição da esposa. É evidente que o serviço não é o único dever da esposa, mas pela natureza dos seus dons, ela não pode fugir à realidade de que a maior parte da responsabilidade concernente aos afazeres e à boa ordem do lar pertencem a ela, como dona-de-casa. Muitas vezes ouvimos as mulheres dizerem: “Não passo de uma dona-de-casa”, parecendo que perderam algo de importante na vida, apenas porque se limitaram a essa função. Mas em Provérbios 31, fala sobre a função da esposa.
        Se transportarmos as atividades ali indicadas para hoje, vemos que elas apresentam um objetivo muito prático, que podemos colocar como características básicas a serem atingidas. E certamente o trabalho ali envolvido irá tirar o “apenas” da frase: “apenas dona-de-casa”. O tema central em torno do qual giram todas as atividades da mulher descrita em Provérbios é a sua carreira sendo centralizada no lar. Tudo o que ela faz é com o objetivo de melhorar o lar. Algumas das características da mulher como administradora do lar são as seguintes:
        Espelhar a beleza interior que possui, produto do seu caminhar com Deus; é companheira fiel; planeja sabiamente os gastos da família; é submissa e auxiliadora dedicada; dona-de-casa alegre e cuidadosa; decoradora de seu lar; gerente de compras; administradora do seu tempo etc. Seu sucesso como administradora do lar dependerá em grande parte de sua atitude de coração para com o trabalho. Há grande diferença entre fazer as tarefas diárias com alegria e fazê-las com reclamações por sua “triste sorte” de ser mulher. A imagem bíblica da dona-de-casa é de alguém que aprendeu a fazer o seu serviço com alegria; aprendeu a mostrar gratidão enquanto lava a louça etc. A mulher que é feliz e sente-se realizada em seu trabalho, proporciona conforto e estabilidade ao seu lar. Os filhos sentem o seu carinho, o marido desfruta de paz, e todos a admiram pela maneira como honra a si mesma como mulher (Pv.18:22).

c)       A esposa como a amada
        A Bíblia não fala muito às esposas com relação a amar o marido. Para o marido, porém, existem vários mandamentos para que amem a esposa. Talvez isso aconteça porque o homem, aparentemente, tem a mente mais inclinada para os negócios, esportes etc., e, portanto precisa ser lembrado de que deve amar a esposa.
        Respeito no relacionamento esposa-esposo, implica “obediência” e sujeição”. Não obstante a prevenção que certas esposas possam ter com respeito a estas palavras, elas são “simpáticas” à mulher que tem vivo interesse em manter excelente relacionamento com o seu marido. Aliás, este comportamento é prova evidente do amor que ela (esposa) dedica ao esposo. Sem amor, mulher alguma sentirá prazer ou terá disposição de sujeitar-se ao marido. Este sentimento é fundamental para a união esposo-esposa. Somente quem a acalenta no coração se predispões à dedicação absoluta. Por esta razão Paulo orientou Tito a ensinar às mulheres idosas no sentido de que ensinassem às novas a serem prudentes, e amarem a seus maridos (Tt. 2:3,4). Assim como o marido tem a responsabilidade de amar e honrar a esposa como vaso mais fraco (I Pe. 3:7), a esposa tem o dever de amar e respeitar o seu marido como seu líder, o seu protetor e cabeça da família. Provérbios 31:10-31 dá todas as características da mulher virtuosa. Neste texto a mulher deve manter uma vida moralmente sadia, honesta e de confiança à toda prova. Deve ser fiel tanto em pensamentos como nas ações. Deve portar-se de forma tal a nunca atrair propositadamente a atenção impura de outros homens, pois é fiel a seu marido, e “ela lhe faz bem e não mal, todos os dias de sua vida”. A esposa cristã que cumpre estes deveres no relacionamento com seu esposo, será honrada. “Levantam-se seus filhos, e lhe chamam bem aventurada, como também seu marido, que a louva” (Pv. 31:28). “A mulher virtuosa é a coroa do seu marido; porém a que procede vergonhosamente é como apodrecimento nos seus ossos” (Pv.12:4).

d)      A esposa como discípula
       É fundamental a uma mulher segundo os planos divinos, que possua a pessoa de Jesus como experiência real em sua vida. De fato, ela jamais será a auxiliadora segundo a vontade de Deus, para seu marido, se não zelar por uma comunhão sadia com o Senhor Jesus Cristo. Para ser a companheira que seu marido necessita, ela precisa do poder e da unção do Espírito Santo, diariamente, precisa estar enxertada em Jesus, que diz:
 “Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15:5).
        Quando a personalidade da mulher é controlada por Cristo, sua vida é uma fonte de bênção e o seu relacionamento com seu marido se torna quase perfeito. Antes de a mulher ser submissa ao marido, ela deve dar prova de submissão ao Senhor. Evidentemente a obediência a Jesus tem primazia. A vida da esposa deve, pois, estar centralizada nEle. Só obedecendo a Deus, tornando Jesus o ponto central da sua vida, sendo fiel discípula do Senhor, a esposa terá condições de ser a auxiliadora idônea do seu marido.

1.3 - Papel dos filhos
        Para uma família viver em harmonia é preciso que, marido, esposa e filhos entendam que possuem deveres tanto para com Deus, como também uns para com os outros. E é através da obediência que o Senhor abençoará sempre os seus, e muitas bênçãos recairão sobre o seu lar. Lembre-se sempre: obedecer é melhor do sacrificar.
a)       Em relação a Deus
Deve temer a Deus e viver irrepreensivelmente para glória divina (Fp 2.15).
b)      Em relação aos pais
Deve honrá-los (Ef 6.2). Obedecê-los (Ef 6.1). Orar por eles (I Ts 5.17).
c)       Em relação à casa
Deve ajudar na manutenção da mesma principalmente no que diz respeito aos pais na velhice ou na falta de condições de trabalho, negligenciar isto é, desobedecer a Deus é invalidar a sua Palavra (Mt 15.4-6).











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