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domingo, 25 de setembro de 2011

NOÇÕES DE ACONSELHAMENTO CRISTÃO

INTRODUÇÃO
Aconselhamento, é arte de ajudar a alguém encontrar, paz com Deus, consigo mesmo e com o próximo.
Algumas grandes verdades sobre o ministério do aconselhamento cristão:
§  Ao redor de nós, há uma grande porcentagem de pessoas com problemas psicológicos e espirituais dando sinais de que estão precisando de uma palavra, de um sorriso, um aperto de mão. Em outras palavras estão dizendo:  Ei preste atenção em mim,  por favor me ajude”.
§  Que nós ajudamos mais as pessoas quando falamos com elas individualmente. Terapia em grupo tem seu valor, porém, a terapia individual é mais eficiente;
§  Lembrar em todo tempo, que Deus está extremamente interessado em cada pessoa com seus problemas ( sejam eles quais forem), e que o cristão é o representante de Deus na terra para  ministrar solução de Deus para elas.
§  Algumas pessoas podem ser ajudadas por conselheiros leigos outras, porém, precisam de ajuda profissional, isto é, de ajuda clínicas, psicológicas etc.

1 -  BASES BÍBLICA PARA O ACONSELHAMENTO

Sem dúvida, a Bíblia é a fonte e o limite para o conselheiro, aliás a Bíblia é o maior manual de aconselhamento, principalmente o livro de Provérbios....Na multidão de conselhos há segurança Pv 11.14.
No Novo Testamento, As Escrituras se referem ao aconselhamento pelo termo grego “Nouthesia” ou “Confrontação Noutética” que implica em mudança pela confrontação (Gl 6.1; Rm 15.14;
Cl 3.16).
Nouthésia, incorpora três princípios ou premissas:
§  Há algo errado no cliente (algo que precisa ser mudado);
§  O conselheiro procura efetuar aquela mudança por confrontação verbal apropriada dentro do ensino Bíblico;
§  A mudança é efetuada para o bem do cliente e para glória de Deus.

Jesus Cristo é o modelo padrão no aconselhamento (Lc 4. 18,19); e o Espírito Santo é nosso guia (conselheiro) por excelência Jo 16.13, do grego; Parácleto que significa: “Aquele que fica ao lado de outrem para ajudar”.
Por isso o tratamento cristão é diferente de uma terapia psicológica usual (apesar que alguns pressupostos desta área são bem-vindos, como a confidencialidade,  a frequência dos encontros, a real preocupação em auxiliar o outro...). É bom frisar que existe a  CPPC - Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos, provando que é possível unir aconselhamento baseado na Bíblia e na experiência cristã e a psicologia.
O entendimento do ser humano a partir da Bíblia mantém o conselheiro voltado para o propósito bíblico apesar de utilizar outros recursos não pode abrir mão da palavra de Deus.
O homem e a mulher são seres relacionais, uma vez que foram  criados à imagem e semelhança de um Deus relacional (as pessoas da Trindade se relacionam). Podemos delimitar os relacionamentos humanos brevemente da seguinte maneira:
§  relacionamento com Deus
§  relacionamento com o próximo
§  relacionamento consigo mesmo
§  relacionamento com a natureza
A Queda promoveu a ruptura nestes relacionamentos, o que ocasionou uma série de problemas ao ser humano:
§  separação de Deus: problemas espirituais
§  separação do próximo: problemas sociais
§  separação de si mesmo: problemas psicológicos
§  separação da natureza: problemas ecológicos
A Redenção restaurou estes relacionamentos. Todos eles, é bom destacar, e não somente a esfera espiritual. O ser humano é um ser integral e somente quando tem saúde em todos os seus relacionamentos está em paz. Quem deve aconselhar?
Ao contrário do que se possa imaginar a princípio, o aconselhamento não é função exclusiva do pastor. Qualquer membro que tenha sensibilidade, conhecimento da Palavra e amor pelo próximo pode e deve ser instruído em como ser um conselheiro cristão eficaz.

2- ACONSELHAMENTO  NO CONTEXTO HISTÓRICO

Começou em 1920 com o ministro do evangelho e escritor Norte Americano Anton T. Boisen. Depois de muitas controvérsias entre conselheiros professionais (Psicológos, Psicanalistas, Psicoterapeutas,etc.) e leigos, o pastor Boisen com a ajuda do governo começou a implantar um programa de treinamento para seminaristas no Hospital Estadual Woucester Massachussetes. Mas foi só apartir de 1940 que o aconselhamento passou a fazer parte dos currículos das faculdades evangélicas teológicas com o nome de CPE (Clínica Pastoral de Educação)

3 -  O ALVO DO ACONSELHAMENTO

A razão da vinda de Jesus a terra foi dar-nos vida em abundancia e toda sua plenitude: O ladrão não vem se não para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e em abundancia.
(João 10:10).
Jesus tinha dois alvos para os indivíduos: Vida abundante na terra e vida eterna no céu.
O Conselheiro que é um seguidor de Jesus Cristo tem o mesmo alvo.
(O conselheiro precisa mostar as pessoas como ter vida abundante e apontar aos indivíduos a vida eterna prometida aos crentes). 

4 – QUALIDADES DO CONSELHEIRO EFICAZ

A pessoa mais importante no trabalho de aconselhar é o próprio conselheiro. Antes de entrar neste importante ministério, e enquanto está no processo de aconselhar ele tem que constantemente se diagnosticar, ou seja conhecer a si mesmo. Quase sempre também precisa fazer reajustes pessoais e espirituais em seu modo de pensar e agir . Muitas vezes, antes de ser útil, ele precisa se preparar, enfim, precisa de maturidade mental e espiritual para entender que o problema mais importante no momento é o do cliente, e não o dele.
Uma pessoa pode ser bem treinada teológica e academicamente, porém, lhe faltar as qualificações pessoais necessárias para saber lidar numa entrevista com pessoas problemáticas. Pode até amar o seu cliente, sentir compaixão e forte vontade de ajudá-lo, e no entanto não saber comunicar isto, ou aplicar ao seu cliente.
Surge então a pergunta: Qualquer pessoa pode ser um conselheiro cristão? E quais as qualidades necessárias para ser um bom conselheiro?
§  O conselheiro cristão tem que conhecer a Deus pessoalmente, através de uma experiência real com Cristo;
§  O conselheiro precisa conhecer a si próprio; pois só assim ele sabe até aonde pode ir;
§  O conselheiro precisa saber se relacionar bem com as pessoas (sem acepção);
§  O conselheiro precisa ter maturidade mental e espiritual.
Além disso, ele precisa ter boas maneiras de relações humanas:
a)     CORDIALIDADE
Isto implica em cuidado, respeito ou preocupação sincera, sem excesso, pelo o aconselhado, sem levar em conta seus atos e atitudes.
Exemplo: Jesus quando encontrou a mulher samaritana junto ao poço de Jacó (João 4:5-30). A mulher não tinha qualidades morais nenhuma, nem para conversar  com Jesus.
No entanto, qual  foi a atitude de Jesus? Não aprovou o comportamento pecaminoso dela mas, respeitou e a tratou como uma pessoa de valor. 
b)     SINCERIDADE
O conselheiro deve ser sincero, aberto e franco, evitar o fingimento ou uma atitude de superioridade. Não  pode ser o tipo que  pensa ou senti uma coisa e diz algo diferente e muito menos ser omisso. 
c)     EMPATIA
Como o conselheiro pensa? Como ele se senti na verdade por dentro? Quais os valores, crenças, conflitos íntimos e mágoas?. O bom conselheiro mostra-se sempre sensível as suas questões, capaz de entendê-las, comunicar eficazmente e compreender (por palavras ou gestos) aos conselheiros estas capacidades de sentir como o aconselhado é o que chamam compreensão ou empatia correta. 

5 -  TÉCNICAS DE ACONSELHAMENTO
Podemos resumir algumas das técnicas mais utilizadas numa situação de ajuda, são elas: 
a)     ATENÇÃO
O conselheiro deve tentar conceder atenção integral ao aconselhado, isto é feito mediante:
Contatos de olhos olhar sem arregalar os olhos, como em meio de transmitir enteresse e compreensão.
Postura que deve ser relaxada e não tensa.
Gestos naturais Não deve ser excessivos para não provocar distração.
Obs: O Conselheiro deve ter cuidado com algumas distrações intimas que impedem de oferecer uma atenção integral, como fadiga, impaciência, preocupação com outros assuntos, devaneios e inquietação.
b)     OUVIR
É fundamental no aconselhamento que o conselheiro saiba ouvir as mágoas, problemas e desabafos do aconselhado. Os conselheiros que ouve pouco e fala muito pode dar bons conselhos, mas estes são raramente ouvidos e terão ainda menor probabilidade de serem seguidos. Saber ouvir é a mesma coisa que lhe dizer: Eu me interesso. 
c)     RESPONDER
Não se deve pensar que o conselheiro apenas ouve, a sua ajuda também se caracteriza pela a ação de respostas verbais especificas. Dentro destas abordagens o conselheiro deve saber conversar, por exemplo: Você pode dar-me mais detalhes? O que você está querendo dizer com...; perguntar com habilidade deve evitar perguntas cuja resposta seja sim ou não, como aquelas que começam com: Você ama sua mulher?, deve-se dizer: Fale-me sobre o seu casamento.
d) ENSINAR
O conselheiro é um educador, ensinando através da instrução e orientando o aconselhado à medida que ele (a) aprenda a enfrentar os problemas da vida, também mostrar soluções nunca tomar atitudes no lugar do aconselhando.

6 -CONCEITOS  EMOCIONAIS BÁSICOS DO SER HUMANO

São vários os tipos de emoções que o homem apresenta durante a sua existência. É importante saber quais são as emoções primárias, isto é as emoções básicas que qualquer ser humano apresenta no decorrer da sua vida. Essas emoções primárias são:
a)     MEDO
Estado emocional de agitação que se manifesta pela presença ou presentimento de um perigo concreto ou previsto.
b)     CÓLERA
Impullso desordenado contra alguém ou alguma coisa manifestado quase sempre por falta de controle do indivíduo sobre o próprio Eu.
c)     PRAZER
Chamado de Edonismo pelos gregos. Estado emocional que se caracteriza pelo desejo de sua continuidade.
d)     AMOR
O mais nobre e mais sublime dos sentimentos do ser humano.

*    MATURAÇÃO OU MATURIDADE EMOCIONAL: É o estado emocional que mantém o controle da situação, seja ela boa ou má.


7 –  COMPONENTES DA PERSONALIDADE

Antes de abordar os componentes, precisamos definir a personalidade;
PERSONALIDADE: É o conjunto de hábitos, atitudes e traços característicos, que determina o ajustamento de uma pessoa  ao seu meio ambiente.

a)    BIÓTIPO OU CONSTITUIÇÃO
É o aspecto físico-morfológico do indivíduo;
b)     CARÁTER
É o aspécto psíquico da personalidade. O caráter é responsável pela ação, reação e expressão da personalidade, tem a ver com vontade própria e conduta.
É a marca da pessoa, é adquirido não herdado (a criança herda tendências, não caráter. Resulta da adaptação progressiva do temperamento às condições do meio ambiente. Pode ser mudado mas, não é fácil só Jesus pode mudar (2 Co 5.17; Fp1.6).
c)     TEMPERAMENTO
É o aspécto fisiológico-endócrino do indivíduo, noutras palavras é a característica dinâmica. Fazem parte dele os impulsos ou instintos que são as forças motrizes da personalidade.
Não pode ser mudado, porém pode ser controlado. O Espírito Santo pode e quer controlar o temperamento cristão (Rm 8. 6; Gl 5.22).

8 -TEORIA DOS QUATRO TEMPERAMENTOS

Existe no mundo moderno especialmente no meio da psicologia moderna, várias teorias quanto ao temperamento humano, a maioria baseadas na psicologia Humanista-Ateísta, dentre as quais destacaremos as mais conhecidas e divulgadas no meio intelectual.
§  A TEORIA DE RIBOT (psicólogo françês), segundo ele, só existe dois tipos de temperamentos:  Estáveis e Instáveis;
§  A  TEORIA JUNG (psicólogo suiço), segundo Jung a personalidade humana se divide também em  dois tipos: Introvertido e Extrovertido;
§  A TEORIA DE SPRANGER ( psicólogo alemão), Spranger classificou as pessoas, segundo o modo de valorizar as coisas, ou seja, segundo uma escala de valores. Ele notou seis tipos de personalidade: a Teórica, a Econômica, a Política, a Estética,  a Social, e a Religiosa.
Todavia a teoria que mais nos interessa, não é nenhuma teoria moderna, apesar de ser defendida por muitos, porém a que mais coincide com a experiência cristã, mesmo não sendo perfeita, porque não existe nenhuma teoria perfeita, é  a teoria dos quatro temperamentos. Criada por Hipócrates  ( 460-370 Ac.) considerado o pai da medicina, sem dúvida ele foi o gigante da medicina da antiga Grécia.
Ele nos interessa por duas razões:
Primeiro, porque geralmente atribui-se a ele o fato de a medicina passar a preocupar-se com os problemas psiquiátricos.
Segundo, porque ele reconheceu as diferenças de temperamentos das pessoas e apresentou uma teoria que explica tais diferenças.
Como resultado de muitas observações Hipócrates distinguiu os quatro temperamentos: Sanguíneo, Melancólico, Colérico, e Fleumático. De acordo com Hipócrates o temperamento dependia dos humores do seu corpo (sangue, bíles preta, bíles amarela e fleuma), e não somente dos fatores externos como classifica a psicologia humanista-Ateísta.
Hoje, se fala de hormônios e outras substâncias que podem induzir ou afetar o comportamento observado, porém, na época não se falava disso ainda.
Durante a primeira metade do século XX, essa teoria foi atacada e até ridicularizada como foram a Bíblia a divindade de Cristo e a existência de um Deus pessoal. Os cristãos de então, parecia sofrer de um complexo de inferioridade intelectual, enquanto que a Psiquiatria e a Psicologia subiam ao trono acadêmico e os intelectuais se curvavam perante elas.
A partir da segunda metade do século XX, a teoria dos quatro temperamentos começou a ressugir com algumas obras escritas e divulgadas na Europa e principalmente nos EUA. Entretanto a maior obra com respeito a teoria dos quatro temperamentos que se tem conhecimento no meio cristão foi, O TEMPERAMENTO E FÉ CRISTÃ, do escritor cristão e norueguês Dr. e pastor Hallesby no ano de 1962. O pastor Hallesby apresentou a Teoria dos quatro temperamentos em todos seus detalhes.

§  OS QUATRO TEMPERAMENTOS
a)     SANGUÍNEO
Virtudes: O Sr. sanguíneo normalmente é caloroso, amável e simpático. Atrai as pessoas como se fosse um íma. É otimista e despreocupado.
Defeitos: Em geral tem pouca força de vontade, emocionalmente é instável, explosivo, irriquieto e egoísta. Em sua mocidade chega a ser considerado o que vai ser bem-sucedido, raramente entretanto, alcança o que dele espera, mal cumpridor das responsabilidades que lhe são confiadas, é também inseguro e temeroso.
São geralmente bons vendedores, oradores e líderes.
b)     COLÉRICO
Virtudes: o Sr. colérico é um ativista prático. É um líder natural obstinado e muito otimista, sua mente está sempre fervilhando de idéas e geralmente consegue realizar a maioria delas. É extrovertido, mas não tanto como o sanguíneo. São bastante audacioso e eficiente e acima de tudo independente.
Defeitos: Ninguém é tão mordaz e sarcástico como o colérico, é autosuficiente, impetuoso, genioso e tem uma tendência a aspereza e até mesmo a crueldade.
São geralmente bons diretores, políticos, administradores e soldados.
c)     MELANCÓLICO
Virtudes: O Sr. Melancólico é de todos os temperamentos, o mais talentoso. É perfeccionista por natureza, muito sensível, analítico abnegado, amigo leal e apreciador da natureza.
Defeitos: ele tende a ser genioso, crítico, pessimista e egocêntrico.
Normalmente são grandes artistas, inventores, filósofos e compositores, tendem também a ser grandes líderes.
d)     FLEUMÁTICO
Virtudes: Além do Sr. Fleumático ser calmo e acessível ele é também agradável, eficiente, conservador, digno de confiança e espirituoso.
Defeitos: Por ser um tanto introvertido, suas fraquezas como também suas virtudes ficam um pouco obscuras, porém, tem seus defeitos tais como: displicência ( sendo chamado de preguiçoso), teimosia, indecisão e egocentrismo.
São geralmente, bons professores, médicos, humoristas, escritores e diplomatas por ser pacificador por natureza.
É bom observar que raramente uma pessoa apresenta as características de um temperamento, apenas, podendo apresentar uma mistura de características que muitas vezes dificultam a identificação.







terça-feira, 20 de setembro de 2011

LIDERANÇA CRISTÃ


INTRODUÇÃO

Liderança é o processo de conduzir um grupo de pessoas a um objetivo comum.
Líder é aquele que recebe tal responsabilidade, assumindo o compromisso de levar o grupo àquele objetivo.
Portanto, liderar exige conhecimentos, técnicas e aprendizado contínuo no trato de pessoas.
Não devemos  confundir administrar coisas com liderar pessoas!
Liderar não é administrar templos, finanças, organizações. Você pode ser um ótimo administrador das finanças da sua igreja, por exemplo, e não ter nenhuma liderança nesta área.


I – FOCOS DO LÍDER

PESSOAS: elas são o alvo da liderança. Não se lidera coisas, lidera-se pessoas!
OBJETIVO: sem objetivo, o grupo se perde, o líder não sabe para onde liderar seu grupo.
Exemplo: EBD – objetivo: levar almas ao conhecimento de Jesus, através do ensino da Bíblia e treiná-las para o serviço do Mestre.

II – ESTILOS DE LIDERANÇA

Autocrática: decide tudo sozinho. Não dá espaço para novos líderes. Exigente. Foco nos “resultados” e não nas pessoas.
Democrática: não decide nada, deixa tudo para que os liderados decidam. Foco nas pessoas e não no objetivo.
Volúvel: vai de acordo com a “onda”. Muda o objetivo de acordo com “as novidades”.
Detalhista: perde-se em detalhes e perfeccionismos. Preocupa-se mais com os métodos que o objetivo.
Responsável: assume a responsabilidade da liderança, motivando o grupo a atingir o objetivo. Trabalha com foco nas pessoas sem perder de vista o objetivo.

III – TÉCNICAS DO BOM LÍDER

Comunicar: informar de maneira clara, direta e simples. Transmitir a visão da necessidade de conseguir o objetivo.
Delegar: acionar os recursos dos seus liderados (“dons”) na direcão do objetivo. Fazer com que 1+1 seja igual a 3, e não 2.
Organizar tarefas e funções. Formar equipes.
Inovar: aceitar mudanças e novas ideias. A única coisa que o bom líder não cede é quanto ao objetivo. No caso do líder cristão, não cede quanto á doutrina bíblica.
Motivar: incentivar novas lideranças. Elogiar. Estimular a participação dos liderados nos processos que levam ao objetivo final. Ser exemplo de conduta.
Planejar: ter uma visão de longo prazo, definindo prioridades. Treinar as lideranças. Adotar metodologias compatíveis com os objetivos.

IV – EXEMPLOS DE LIDERANÇA
Não podemos fazer uma  justa reflexão sobre liderança sem passarmos pelo Antigo Testamento e principalmente sem mencionarmos o exemplo de Moisés. A primeira figura do AT a chamar a atenção foi Moisés, no Capítulo 18 de Êxodo antes de receber uns bons conselhos de seu sogro Jetro Moisés tinha uma liderança totalmente autocrática e centralizada.  O que havia de errado? Jetro observou logo de cara que a liderança de Moisés estava equivocada, primeiro ele estava se desgastando ao tentar resolver sozinho todos problemas do povo de Israel, segundo o próprio povo também estava ficando cansado por aquele método de liderança autoritário. Sempre que se vê uma situação assim, na qual uma única pessoa está fazendo tudo sozinha, isso quer dizer que há falta de liderança. A verdade é que não vemos a nós mesmos como as outras pessoas nos veem. depois de ouvir os conselhos de Jetro sem questionar muito, Moisés estabeleceu dois princípios de liderança simples e eficaz:
A primeira coisa que Moisés precisou fazer foi descrever com clareza a sua própria tarefa. De acordo com           Ex 18.19-21, Moisés tinha três responsabilidades maiores:
1 – Apresentar a Deus os problemas do povo;
2 – Ensinar ao povo como eles deveriam andar e treiná-los para o trabalho que lhes competia fazer;
3 – Selecionar líderes escolhidos que o ajudassem a suportar a carga de liderança.
Em seguida Moisés também precisava saber quais qualidades tinha que buscar nos líderes que pudesse ajudá-lo (Ex 18.21). Ele precisava encontrar três características principais nesses homens:
1 – Homens que temessem a Deus;
2 – Homens amantes da verdade;
3 –Homens que odiassem o ganho desonesto.
Essas qualidades representam homens dignos de confiança, e que possam ser seguidos. Existem  na Bíblia muitos outros exemplos de liderança tais como: Josué, Davi, Samuel, Paulo e tantos outros, porém, o maior exemplo foi inegavelmente o exemplo de Jesus o Maior Líder de todos os tempos.

JESUS
Seu objetivo: salvar os homens do pecado, do mal e da morte.
Comunicou: sua mensagem de amor e nova vida, na linguagem do povo da época (parábolas). Pregou em Hebraico, grego e aramaico (língua corrente da Palestina). E ainda utilizou o latim língua dos romanos, ou seja utilizou todos os recursos disponíveis para alcançar os perdidos.
Delegou: a missão de espalhar a mensagem de salvação a todo o mundo.
Inovou: rompeu com as arcaicas tradições religiosas da época. Ensinou ao ar livre, concedeu perdão a prostitutas e cobradores de impostos, curou no sábado.
Motivou: enviou Seu Espírito para que seus discípulos saíssem das easas-esconderijos. Foi exemplo de conduta em todas as áreas humanas.
Planejou: deu ordens específicas (“amai-vos uns aos outros…” etc.).
Treinou: escolheu 12 homens para a liderança, treinando-os durante três anos e meio aproximadamente.

V – A ESCALA DE VALORES DO LÍDER CRISTÃO

1) CRISTO
2) FAMÍLIA
3) IGREJA
4) EU

O objetívo é: “Servir a Cristo e Seu Reino, como embaixadores” (Mt 6.33,2 Co 5.19-20)
A prioridade é: “Almas.” (Mt 28.18-20)
O método é: “Missionário, através do Corpo de Cristo (a Igreja)” (Mt 16.18-19)

VI – O LÍDER MEDÍOCRE

Têm que estar sempre certos: Eles precisam sempre ganhar as discussões, forçar as pessoas a concordarem com elas e lazer tudo do seu jeito. Seu ego nunca permite que eles aceitem que estão errados ou que cometeram um erro. Isso acaba destruindo qualquer possibilidade de criatividade ou inovação dentro da equipe.
Perdem a calma por qualquer coisa: A maioria dos chefes medíocres usará sua raiva e temperamento explosivo para controlar ou intimidar os outros.
 Externam seus problemas jogando a culpa nos outros: Ao fazer isso, ao invés de ajudar a resolver o problema e evitar que ele ocorra novamente, só conseguem aumentar os ressentimentos e a desmotívação dentro da equipe.
Têm sérios problemas para controlar-se: A maioria dos líderes medíocres têm que estar permanentemente no controle. Sentem-se perdidos ou desconfortáveis quando algum outro está no comando. Acreditam que têm todas as respostas, e acham que sempre devem ter a resposta certa,
Têm medo de delegar: Tem medo de perder o cargo para outro mais competente do que ele, por isso rodeiam-se de pessoas parecidas com eles na forma de pensar, acreditar, comportar e as vezes até mesmo no vestir. Depois tratam essas pessoas como se fossem escravos sem cérebro, que existem apenas para seguir suas ordens e produzir os resultados adequados. Obviamente, isso acaba matando a liberdade de expressão, a diversidade e qualquer possibilidade de mudança!
Não têm a habilidade de reconhecer sinceramente os talentos dos outros: Não conhecem as pessoas pelo que elas são, somente pelo que produzem. Ao serem questionados sobre o assunto, já que existem beneficios comprovados em cuidar do lado humano da equipe, os medíocres sentem-se altamente desconfortáveis, pois se são incompetentes em lidar com suas próprias emoções, imagine então com a dos outros.
Têm baixíssima inteligência emocional: Enquanto muitos medíocres tem níveis altos de inteligência e treinamento, com formação em Universidades famosas e muito conhecimento técnico, tendem também à pobreza nas qualidades pessoais, de personalidade e caráter fundamentais para liderar e inspirar uma equipe. Este defeito acaba provocando reflexos em outras áreas, como por exemplo, constantes mudanças nos trabalhos e planos.
Não têm autenticidade e honestidade: acha que pode enganar o público com pequenas mentiras, meias verdades e falsas promessas, esquecendo-se que com estes ‘pequenos detalhes na verdade estão cavando sua própria ruína.As pessoas podem até esquecer-se de algo que você tenha feito ou dito – mas nunca se esquecerão de quem você é, como é e como as tratou. O mundo é pequeno – precisamos tratar as pessoas bem!


*A verdadeira liderança não pode ser concedida, imposta, nomeada ou atribuída. Deve ser conquistada O líder tem que inspirar a confiança e merecer o respeito de seus liderados.

VII – PRINCÍPIOS DE LIDERANÇA

1 - Os lideres tocam o coração antes de pedir ajuda;

Você não pode estimular as pessoas à ação a menos que primeiro as estimule com a emoção. O coração em primeiro lugar, depois a cabeça. Quanto mais fortes a relação e a ligação entre as pessoas, maior será a probabilidade do consenso e da união. Mesmo num grupo você precisa se relacionar com cada pessoa individualmente. As pessoas não se preocupam com o quanto você sabe até que saibam o quanto você se preocupa com elas. Para liderar a si mesmo use a cabeça; para liderar os outros, use o coração.

2 - O potencial de um líder é determinado pelas pessoas mais próximas dele;

Se as pessoas são fortes, o líder pode realizar grandes coisas. Se são fracas, nada feito. Essa é a lei do círculo íntimo. Quando você forma a equipe certa, o potencial dispara. Não existem líderes do tipo “Aventureiro Solitário”. Se você está só, não está liderando ninguém. O líder encontra grandeza no grupo, e ajuda os membros a encontrá-la em si mesmos. Pense em qualquer líder altamente eficaz, e achará alguém que se cercou de um forte círculo íntimo.

3 -  Não existe sucesso do dia para a noite. Liderança é aprendizado;


É a sua capacidade de desenvolver e lapidar as suas habilidades que distingue os líderes dos seus seguidores. O segredo do nosso sucesso está nos compromissos diários. Líderes são aprendizes. Liderança é como investimento; rende juros, mas
exige: respeito, experiência, força emocional, habilidade com pessoas, disciplina, visão, ímpeto e senso de oportunidade.
A verdadeira medida da Liderança é a influência – nada mais, nada menos:A emergência de um Líder – ‘Você alcançou excelência como Líder quando as pessoas o seguem aonde você for, mesmo que por mera curiosidade.” A verdadeira liderança não pode ser concedida, nomeada ou atribuída.
Qualquer um pode pilotar o barco, mas só um Líder sabe traçar o percurso:As pessoas precisam de líderes capazes de navegar eficientemente. Os navegadores vislumbram a viagem com antecedência. ” O líder é aquele que vê mais do que os outros, que vê mais longe do que os outros, que vê antes dos outros”. Leroy Eims
Quando o verdadeiro líder fala, as pessoas ouvem:


4 -  Só líderes seguros delegam poder aos outros;

Existem líderes que tem o hábito horrível de se livrar dos líderes fortes. O melhor líder é aquele que tem percepção suficiente para escolher homens competentes que façam o que ele quer que se faça, e autodomínio suficiente para não se
intrometer no trabalho deles. O modelo de liderança de delegação do poder, no qual todas as pessoas recebem funções de liderança, se opõe ao poder da posição. A capacidade que as pessoas tem de realizar é determinada pela capacidade que tem o seu líder de delegar poder. O líder sabe exaltar os pontos positivos de seus liderados, bem como identificar os pontos críticos e lidar com eles, advertindo, aconselhando e discutindo as soluções. Observe o exemplo do profeta Elias quando Deus mandou ele Ungir Eliseu para ficar no lugar dele, ele não questionou foi imediatamente e fez o que Deus lhe ordenou.


VIII  – REQUISITOS PARA SER UM BOM LÍDER

Tanto os que são líderes como os que esperam ser, devem estar conscientes dos seguintes requisitos:

1 -  Características da liderança evangélica

Capacidade de liderança é um dom de DEUS.
Essa capacidade dever ser desenvolvida pela educação, instrução e treinamento (1 Tm 2.15).
No reino de DEUS a liderança dever ser exercida por aqueles que demonstram desejo de servir e não de “aparecer’. O evangelho em si é um serviço de DEUS aos homens e destes aos seus semelhantes. Examine-se e veja se o seu desejo é motivado pelo desejo de servir ou, de ser reconhecido.
Facilidade de expressão e conhecimentos gramaticais ajudam o líder na tarefa de “comunicar”. Quanto melhor fora a vida devocional do líder, melhor será a sua liderança.
Todo líder deve conhecer “regras parlamentares”. Isso o ajudará na direção de reuniões ou assembleias de caráter administrativo.
Ao líder não pode faltar o conhecimento básico de “boas maneiras”; isso o ajudará no seu intercâmbio social.
Conhecimento específico e profundo do que diz respeito ao seu campo de ação e generalizado, em outros assuntos, são necessários ao bom líder.
Firmeza, humildade e amor, precisam estar juntos, sempre, na ação do líder evangélico. Pontualidade nos compromissos e horários, deve ser uma característica marcante do líder cristão.
Não se pode exercer uma boa liderança sem conhecimento profundo da vida e dos problemas dos liderados.
Para ocupar um posto de liderança é preciso conhecer bem a história, princípios, leis, estatutos, regimento e tudo mais que diga respeito à organização onde será exercida a liderança.
Conhecer bem as Escrituras e as Doutrinas que caracterizam o grupo, igreja ou denominação, são essenciais a uma liderança capaz e eficiente.
Acerto na escolha de auxiliares gera tranquilidade ao líder.
Administração em grupo (diretoria) com distribuição de tarefas, deverá manter a unidade na pluralidade de ação.
O líder evangélico ao ter que tomar uma decisão deve observas o seguinte:

2 -  Princípios básicos da liderança evangélica
Nada se faz sem consultar a DEUS. Um razoável período de oração deve preceder cada decisão.
Nada se faz que não seja do interesse ou para o bem geral do grupo.
Nada se faz sem a aceitação do grupo. A unanimidade nas decisões é o ideal. Mais de dez por cento do grupo contrário a qualquer decisão, deve fazer com que o assunto fique sobre a mesa para reestudo.
Nada se faz sem consultar pessoas que já tiveram o mesmo problema ou pessoas mais experimentadas.
Nada se faz sem ouvir opiniões contrárias, quando há.
Nada se faz sem estudar as várias soluções oferecidas.
Nada se faz sem estudar as vantagens e desvantagens.
Nada se faz sem avaliar as possibilidades económicas e financeiras.
Nada se faz sem organizar um esquema de execução.

3 -  O homem de DEUS que quer colocar-se nas mão d’Ele para servi-lo deve ainda lembrar-se dos: Cinco pilares do serviço cristão:
a) DEUS quando chama tem um trabalho para lhe dar. No reino de DEUS não há banco de reserva.
b) DEUS quando chama tem um local para você servi-Lo.
Isso não significa que o seu trabalho não possa ser ítinerante.
c) DEUS quando chama, capacita o obreiro para o trabalho, ou dá o trabalho de acordo com a capacidade do obreiro.
d) DEUS quando chama providencia os meios necessário para o obreiro viver juntamente com sua família. ELE não pode ser um mau patrão.
e) DEUS quando chama tem a solução para todos os problemas que essa chamada porventura possa ocasionar.

4 -  Qualquer obreiro que esteja em dúvida quanto à sua posição, deve fazer-se as seguintes…
Perguntas elucidativas:
Fui realmente chamado por DEUS para fazer o que estou fazendo, no lugar onde estou?
O que faço, o faço da maneira como o Senhor deseja que isso seja feito?
Estarei forçando uma situação?
Estará na hora de pensar em mudança de campo ou de atividade?
Ser líder não deve ser tomado como somente uma honra, e sim como uma oportunidade de servir a DEUS. O homem servir a DEUS, isso é a HONRA maior, mas não se pode servir a DEUS sem servir aos homens. Antes de ser um líder entre os homens você precisa ser um humilde servo diante de DEUS. “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de  que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”  2 Tm 2.15.


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