radio gospel

terça-feira, 26 de abril de 2011

S O T E R I O L O G I A

INTRODUÇÃO
     A palavra salvação vem do vocábulo grego Sotéria = cura, bem estar, livramento de algum perigo. Em princípio pode-se dizer que a Salvação é resultado da morte expiatória e vicária do Senhor Jesus Cristo na cruz do calvário (Ef 1.7; 2.1). É também a principal experiência espiritual do Cristão e o tema principal de toda Bíblia. Todo Cristão deve conhecê-la, vivê-la e testemunhar dela aos perdidos.

1- A NECESSIDADE DA SALVAÇÃO

     A Bíblia é clara em dizer que todos pecaram (Rm 3.23), e que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23). Portanto era necessário que se fizesse alguma coisa para mudar essa  situação. “Como escaparemos nós se não estivermos atento à uma tão grande Salvação”... Hb 2.3ª. Antes do nascimento de Jesus Cristo, os sacrifícios de animais foram ordenados por Deus para encobrir os pecados, porém, isto não  tirava o pecado do mundo (Hb 10.4). No entanto, vindo Jesus através do seu sacrificio ele apaga os pecados do homem ( Jo 1.29;   Hb 9.28).

v  Breve consirações sobre o pecado
Do  Hebraico avon = iniquidade, hatah = trangressão e do grego hamartia = errar o alvo,  Dentre muitas definições, podemos definir pecado como: desobediência a todo e qualquer ensinamento, da palavra de Deus.
a)   A origem do pecado
     Como o pecado entrou no mundo?
Em Gênesis 1.26,27, lemos que Deus criou o homem a sua imagem e semelhança e o colocou no Jardim do Éden para o lavrar e o guardar. Disse-lhe que de todo  o fruto ele poderia comer, porém, daquela árvore do conhecimemto do bem e do mal o Senhor lhe proibiu que provasse, pois no dia em que dela comesse, certamente morreria. Tratava-se de uma prova de obediência, e Adão e Eva quebraram esta ordem. Eles desobedeceram e este ato, afetou toda a criação, a qual até hoje geme e chora sob o peso da maldição (Gn 3.6,17-19; Rm 8.22). Portanto nele todos pecaram e por ele entrou a morte no mundo. Nós herdamos a natureza pecaminosa de Adão, porém quando pecamos o pecado é nosso. Não podemos fazer como Adão que colocou a culpa em Eva (Gn 3.12; Lm 3.39).
b)   Os efeitos do pecado
O pecado afetou o homem na esfera física, mental, moral e espiritual.
*      Física – Doenças, brevidade de dias e morte física (Sl 103.3; 90.10);
*      Mental – perda da memória, perda da sensibilidade para as coisas espirituais (2 Co 4.4);
*      Moral – A depravação da raça humana, a inversão de valores (Rm 1.18-32);
*      Espiritual – O homem sem Deus está morto espiritualmente (Ef 2.1,5);

ü  Os efeitos são abrangentes:
·         Maldição sobre toda a terra, e o trabalho pesado com esforço físico (Gn 3.17,18);
·         Morte; física,espiritual e eterna (Gn3.19; Ef 2.1-5; Ap 20.6);
·         Violência e homicidio (Gn 4.8).

 c)    Dentre os vários tipos de pecados podemos resumir em:
·         Pecados contra o próximo (2 Sm 19.20);
·         Pecados  o contra o concerto (Êxodo 32.30-33);
·         Pecado de blasfêmia (Jó 1.5.22);
·         Pecados da Incredulidade, (Sl 78.19,32);
·         Rebelião (Is 43.27,28);
·         Pecado Social (Gn 3.9; 43.13; Dt 24.15).
Reencarnação (do espitismo), purgatório (do Catolicismo Romano), são exemplos de sugestoões anti-bíblica, que nada resolve o problema do pecado do homem (Hb 9.27). Sem o sangue de Cristo não há solução para o pecador (Hb 9.22).

2 – ASPECTOS DA SALVAÇÃO

 A Salvação é um processo e envolve vários aspectos principalmente, a justificação, a regeneração, e a santificação.
2.1 Justificação
Como se justificará o homem diante de Deus? (Jó 9.2). Diante da morte substitutiva de Cristo na cruz do calvário, isto, se tornou possível. Justificação é um termo forense que nos faz lembrar um tribunal. O homem culpado e condenado, perante Deus, é absolvido e declarado justo, isto é justificado. Foi feita uma transação: Cristo subtrai os nossos pecados e adiciona-nos a sua justiça (Rm 5.1; Rm 8.1). A justificação é mais do que o perdão. Pela justificação o homem é declarado justo seja qual for a sua condição.
2.2 Regeneração
Regeneração é uma mudança de condição. No pecado o homem era inimigo de Deus e servo do diabo. Agora feito justo pela justiça de Cristo, ele se torna filho de Deu (1 Jo 3.1,2). O homem morto em seus delitos e pecados, nasce de novo (Jo 3.3-8).
2.3 Santificação
Santificar vem do vocábulo hebraico “Kadosh” e do grego “hagios” que significa separar para algo. Aquele que é justifcado e experienta o novo nascimento através da regeneração, tem como próximo passo a SANTIFICAÇÃO, que embora seja um estado alcançado em Cristo (Hb 10.10,14), é um processo gradativo (Hb 12.14), tendo em vista, que o cristão peca todos os dias, e é óbvio  que precisa santificar-se também todos os dias. Vale salientar que a santificação só é alcançada mediante a palavra de Deus, e a ação do Espírito santo  (Jo 17.17; Hb 10.22).

 2.4 A segurança da Salvação

*               O Calvinismo 
 A     Doutrina de João Calvino segundo ele não foi criada por ele, mas por Agostinho de Hipona,   (chamado de Santo Agostinho) o grande teólogo do século IV, que por sua vez afirmava estar  interpretando a doutrina de Paulo sobre a livre graça. A doutrina de Calvino ensina que a salvação é definitiva e um ato inteiramente de Deus, o homem absolutamente nada tem a haver com sua salvação, é um ato totalmente divino.

                 O Arminianismo 
      O ensino arminiano é como segue: A vontade de Deus é que todos os homens seja salvos, e por isso, Cristo morreu por todos. (1 Tm 2.4-6; Hb 2.9; 2 Co 5.14). Com essa finalidade ele oferece sua graça a todos.

Embora a salvação seja obra de Deus, absolutamente livre e independente de nossas boas obras ou méritos, o homem tem certas condições a cumprir.
Ele pode escolher aceitar a graça de Deus, ou pode resistir-lhe e rejeitá-la. Seu direito de    livre arbítrio sempre permanece.
As Escrituras certamente ensinam uma predestinação, mas não que Deus predestina  um grupo a serem salvos e outro a serem perdidos, e esse plano é bastante amplo para incluir a todos que realmente desejam ser salvos.  A Bíblia ensina que todo aquele que nele crer será salvo (Jo 3.16). E também que se  não atentarmos para nossa salvação seremos apanhados de surpresa quando Jesus voltar (2 Pe 2. 15-22).









domingo, 24 de abril de 2011

CRISTOLOGIA
Introdução
      Neste estudo estaremos conhecendo um pouco da segunda pessoa da Trindade, o Senhor Jesus Cristo, o Messias prometido de Israel. Deus tinha que preparar o mundo para a vinda do seu filho. A respeito da vinda de Jesus, disse o profeta messiânico: ...”Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas... (Is 40.3). É importante que compreendamos a importância da Pessoa do Senhor Jesus Cristo dentro do estudo da Teologia Sistemática, principalmente o plano de Salvação, a sua humanidade, a sua divindade, o seu caráter, o seu ministério e a sua ressurreição.

1 – OS NOMES DE CRISTO

     Se no Antigo Testamento os nomes de Deus tinham uma relevância muito grande, os nomes de Cristo no Novo Testamento não são diferentes. Há especialmente três nomes que requer consideração especial, pois dos tais derivam vários nomes de Cristo encontrado no NT, vejamos:
v  Jesus
     O nome Jesus é a forma grega do hebraico Yoshua, em português Josué (Js 1.1), que significa Salvador.
v  Cristo
     Se Jesus é o nome pessoal, Cristo é o nome oficial grego que é o equivalente ao Messias do Antigo Testamento (de maschach, ungir), e assim ambos significam “O UNGIDO”         (At 4.27). Normalmente os reis e os sacerdotes eram ungidos durante a Antiga Aliança e em alguns casos também os profetas (Ex 29.7; 1 Sm 24.10; 1 Rs 19.16).
v  Senhor
     O vocábulo Senhor (do grego Kyrios) é equivalente a Jeová e em alguns casos a Adonai do Antigo Testamento (Sl 97.5; Mt 8.2; Lc 2.11). É um título de Soberania, poder e autoridade sobre tudo e todos (Ap 19.16).

2 - AS DUAS NATUREZAS DE CRISTO

     Quando chegamos neste ponto do estudo da Cristologia, novamente penetramos num campo de profundo mistério. Como pode haver duas naturezas, ao mesmo tempo, numa só pessoa? Muitos tentaram dar a resposta, porém, nessa tentativa alguns formularam definições incompletas, outros, definições baseadas na filosofia grega, outros, definições baseadas na interpretação errônea da Bíblia. São as chamadas opiniões históricas, como veremos abaixo:
2.1 Opiniões históricas
     Um levantamento histórico das opiniões a respeito de Cristo mostra a grande diversidade de opiniões referente à pessoa de Cristo.
Apenas mencionaremos as mais notáveis:
v  Os Ebionitas
Apareceram no ano 107 d.C, negavam a realidade da natureza divina de Cristo.
     Consideravam Jesus simplesmente um homem extraordinário, que se relacionava muito com Deus, e nada mais, Jesus era, enfim um grande profeta, mas não era Deus.
v  Os Docetas
     Os docetas também eram chamados de Gnósticos. Apareceram por volta do ano 70 da era cristã, e existiram, aproximadamente até o ano 170. Eles negavam a humanidade de Cristo. Para os docetas toda matéria era má. Era a sede do pecado e da corrupção. Jesus, portanto, não podia ter corpo material, porque era inteiramente puro. Esta doutrina não era mais que a filosofia grega pagã, introduzida na Igreja e combatida veemente por pelo apóstolo Paulo, principalmente na epístola aos Colossenses, nas epístolas a Timóteo, na primeira epístola de João, na epístola de Judas e no Apocalipse.
v  O Arianismo
     O arianismo surgiu no ano 325. Ário, o seu fundador, negava a integridade e a perfeição da natureza divina de Cristo. Afirmava que Cristo era uma pessoa divina, porém, não igual ao pai, nem idêntico a ele em substância, mas semelhante – Homoiousios.
     Os ortodoxos daqueles dias diziam que Cristo era da mesma substância do pai –Homoousios, o que foi confirmado no Concílio de Nicéia  no ano 325.
v  O Eutiquiano
     Segundo esta teoria, as duas naturezas se fundiram formando uma terceira natureza, que nem era divina nem humana. Todas estas teorias e outras que existem, tem trazido muita confusão no meio do Cristianismo e necessitamos de estar informados. Entretanto, o que precisamos guardar é o que a Bíblia fala sobre o assunto, ela sim, é que é a maior autoridade no estudo da teologia.
v  A opinião Ortodoxa
     A doutrina Ortodoxa foi promulgada no Concílio de Calcedônia, no ano 451. Conforme relatado por Strong, como se segue:
    “Na pessoa única de Jesus Cristo há duas naturezas, a humana e a divina, cada qual em sua plenitude e integridade, e, portanto estas duas naturezas estão organicamente e indissoluvelmente unidas, sendo isso, no entanto, feito de maneira tal que nenhuma terceira natureza seja formada como resultado. Resumindo, a doutrina ortodoxa proíbi-nos de dividir a pessoa ou de confundir as naturezas”.
2.2  A humanidade de Cristo
    A realidade da humanidade de Jesus é fato claro e contundente, a Bíblia nos apresenta grande número de provas:
v  Seu nascimento
     Jesus foi concebido por obra e graça do Espírito Santo (Mt 1.20). Entretanto, seu nascimento e infância não foram diferentes dos demais judeus da sua época.
      A Bíblia pouco fala dessa fase da vida de Jesus, mas, entende-se que ele teve uma criação dentro das normas judaicas (Lc 2.52);
v  Cumpriu a lei mosaica
     Cumprindo as exigências da lei Jesus foi circuncidado aos oito dias de nascido, (Lc 2.21), e apresentado a Deus com 34 dias de vida (Lv 12.2-6; Lc 2.22-24);

v  Jesus possui todos os elementos da natureza humana
§  Sentiu sede ((Jo 19.28);

§  Sentiu cansaço (Jo 4.6);
§  Entristeceu-se (Mt 26.38);
§  Chorou (Jo 11.33), Jesus como Deus jamais chorou;
§  Padeceu, morreu e ressuscitou;
§  Jesus chamou-se e foi chamado filho do homem (Jo 8.40; At 2.22).

2.3 A divindade de Cristo
     O Novo Testamento estabelece claramente a divindade de Cristo pelo seguinte modo:
v  Mostrando que Jesus tinha conhecimento da sua própria deidade                           (Jo 3.12,13; 8.58);
v  Jesus exerce poderes e prerrogativas divinas (Jo 14.9.10; Jo 2.24,25);
v  Possui todos os atributos da divindade (Cl 2.9):
§  Onisciência (Jo 18.40);
§  Onipresença (Mt 18.20);
§  Onipotência (Mt 28.18);
§  Poder para perdoar pecados (Mc 2.5-10);
§  Autoridade sobre os demônios (Lc 8.29);
§  Autoridade sobre a natureza (Mt 8.23-27);
§  Autoridade sobre a morte (Lc 7.14,15).

2.4 A distinção das duas naturezas de Cristo
     A palavra “natureza” aqui significa substância com seus atributos. As duas naturezas de Jesus: é a alma humana com suas faculdades, e a substância divina com seus atributos. Estas duas naturezas se acham juntas na pessoa de Cristo.
A segunda pessoa da divindade não exclui a alma humana de Jesus nem toma o seu lugar, como criam alguns antigos. Se fosse assim, não haveria nele verdadeira humanidade. Existe uma natureza humana completa e uma natureza divina também completa em Jesus Cristo.

2.5 A união das duas naturezas em uma só pessoa
     Na pessoa de Cristo existe uma natureza humana completa “corpo e alma” e uma natureza divina completa com todos os seus atributos e elas não se misturam formando uma terceira natureza. Estas duas naturezas constituem uma só pessoa e não duas. A natureza humana de Jesus nunca foi uma pessoa separada, nem tinha existência separada da natureza divina, não tinha subsistência individual. O Logos não se uniu com uma pessoa humana, mas com uma natureza humana.
     No ministério terreno de Cristo, ele nunca atuou com apenas uma natureza, embora em alguns momentos uma delas sobressaísse mais do que a outra, porém nunca excluindo totalmente a outra. Além disto, as duas naturezas nunca se dirigem uma à outra nem enviam uma à outra, como no caso das pessoas da Trindade.
Por isso é verdade a afirmação dos teólogos: “Jesus é 100% Deus, e 100% Homem”.

3     - OS DOIS ESTADOS DE CRISTO

3.1 Estado de humilhação
     Com base em Fp. 2.7,8 a teologia sistemática distingue dois elementos na humilhação de Cristo, a saber:
A Kenósis (esvasiamento), que consiste em renunciar Ele à Sua majestade divina, a majestade do Supremo Senhor e Governador do universo, e assumir a natureza humana na forma de um servo.
A Tapeinósis (humilhação), que consiste em haver-se ele feito às exigências da lei, e em toda sua vida ter-se feito obediente em ações e em sofrimento, até o próprio limite de uma morte ignominiosa. Ele desceu ao mais baixo nível da condição humana.

v  A Encarnação de Cristo
     O estado de humilhação de Cristo foi caracterizado pelo Verbo preexistente deixando a sua glória par toma o lugar de servo. Ao se falar de encarnação, pressupõe a preexistência do Logos. Não é possível falar da encarnação de alguém que não existe.
     Esta preexistência é claramente ensinada nas Escrituras “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). “Eu desci do céu”... (Jo 6.38). “Pois conheceis a graça de nosso senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que pela sua pobreza vos tornásseis ricos” (2 Co 8.9). O preexistente filho de Deus assume a natureza humana e se reveste de carne e sangue humanos, um milagre que ultrapassa o nosso limitado entendimento.

v  Razões para a encarnação
Há diversas razões pelas quais, Deus se fêz homem:
§  Para confirmar as promessas de Deus
     Ele se fez homem para confirmar as promessas feitas aos pais e mostrar a sua misericórdia aos gentios (Rm 15.8,9). Começando com o Protoevangelium (Gn 3.15).  E também cumprir as profecias messiânicas (Is 7.14; 9.6; Mq 5.2).
§  Para revelar o Pai (Jo 14.9)
    Cristo é a maior revelação de Deus aos homens, enquanto a Bíblia é a revelação escrita e a natureza é a revelação natural de Deus, Jesus é a revelação pessoal, isto é, para que o homem chegasse a conhecer o verdadeiro Deus, precisou Deus se fazer homem.
§  Para destruir as obras do diabo (1 Jo 3.8)
     As obras do diabo estão reunidas no pecado. A vinda de Cristo, particularmente sua obra na Cruz trouxe derrota a satanás (Jo 12.31). Ele é um inimigo vencido.
§  Para nos dar o exemplo de obediência
     Quando esteve neste mundo no estado de humilhação, ele estava mostrando que para alguém ser exaltado na vida espiritual, primeiramente precisa ser humilde e obediente (Is 53.7).

v  Os sofrimentos de Cristo
     A vida de Cristo foi de sofrimento desde o seu nascimento até a morte. Foi uma vida de servo, a vida do Senhor dos Exércitos, a vida do único ser humano sem pecado, na diária companhia de pecadores, a vida do Santo num mundo amaldiçoado pelo pecado. O caminho da obediência foi para ele, ao mesmo tempo, um caminho de sofrimento. Ele sofreu repetidas investidas de Satanás, e o ódio e a incredulidade do seu povo com as perseguições dos seus inimigos. O sofrimento iniciado na encarnação chegou o seu clímax na grande paixão no fim de sua vida terrena. Foi quando pesou sobre Ele toda ira de Deus contra o pecado (Is 53.4,5; Mt 27.46).
v  A morte de Cristo
     Ao contrário do que acontece no caso das pessoas comuns, a morte de Cristo foi mais importante do que a sua vida (terrena) o que é de suma importância:
§  É anunciada no Antigo Testamento
     É da morte de Cristo que tratam muitos tipos proféticos do AT: começando com o Protoevangelium (Gn 3.15). O animal que foi imolado para fornecer vestimentas para Adão e Eva (Gn 3.21). O cordeiro no monte Moriá (Gn 22.13). O cordeiro pascal no Egito (Ex 12 1-28). Podemos localizar um cordão de escarlate por toda a Bíblia, tipificando a morte de Cristo no Calvário.
§  É proeminente no Novo Testamento
      A morte de Cristo ocupa lugar importantíssimo no NT.
     Os três últimos dias da vida terrena do Senhor Jesus ocupam aproximadamente um quinto das narrativas nos quatro Evangelhos.
§  É o tema fundamental do Evangelho
      O termo “Evangelho” significa simplesmente “boas novas”.
     O termo é usado de várias maneiras, como para os quatro relatos da vida de terrena de Jesus; toda revelação redentora para a humanidade etc. Mais restritamente, é usado para indicar as “Boas novas de Salvação”. Paulo diz que o Evangelho consiste da morte de Cristo por nossos pecados, seu sepultamento e sua ressurreição                                 (1 Co15.1-4).

§  É essencial para nossa Salvação
     A morte de Cristo é a base para nossa Salvação (1 Co 15.19). A morte de Jesus não foi um acidente, muito pelo contrário, ela teve pelo menos, três características fundamentais:
     Sua morte foi voluntária ele foi à cruz por amor a humanidade;
    Sua morte foi vicária (em lugar de outro), isto é, substitutiva, ele foi o “Cordeiro pascal” oferecido em lugar  da humanidade inteira ( Jo 3.16);
     Sua morte foi expiatória, o sacrifício de Cristo é o cumprimento cabal dos sacrifícios do AT, tipificado no cordeiro pascal do Êxodo, e os sacrifícios levítico, que apontavam para a cruz do calvário (Hb 9.11,12, 14,22). A nossa Salvação teve um preço, e Ele pagou.

3.2  Estado de exaltação de Cristo
v  A ressurreição de Cristo
     A ressurreição de Cristo não consistiu no mero fato de que ele retornou à vida, dando-se a reunião do corpo e a alma. Se isso fosse tudo que ela envolveu, Cristo não poderia ser chamado “as primícias dos que dormem’(1 Co 15.20), nem “o primogênito de entre os mortos”(Cl 1.18). A ressurreição de Cristo constituiu uma declaração do pai de que o último inimigo tinha sido vencido e que Cristo estava sendo exaltado como aquele que tem todo poder (Mt 28.18).
v  A ascensão
     Pode descrever como ascensão, a subida visível da pessoa de Jesus Cristo da terra ao céu (At 1.11). Ele assume novamente todo o seu poder e toda a sua glória que tinha antes de vir ao mundo (At 7.55). No entanto, como ele possui todos os atributos da divindade e ele nunca perdeu isto, hoje ele é onipresente, isto é, ele está em toda parte.
v   A Segunda vinda
     A segunda vinda de Cristo se dará com o propósito de julgar o mundo e aperfeiçoar de certa forma a salvação do seu povo. Será um evento com terríveis sentenças sobre os ímpios, mas também com bênçãos de eterna glória para os Santos (Mt 25.33-46). Isto assinalará a exaltação completa de Jesus Cristo sobre todos os seus inimigos.
     Além dos aspectos mencionados a exaltação de Cristo, é evidenciada também no Milênio no dia do julgamento final, e em eventos sucessivos, enfim, todo joelho dos que estão nos céus, na terra, e debaixo da terra, se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor para Glória de Deus de Pai” (Fp 2.10,11).
     
4     - OS OFÍCIOS DE CRISTO

    Jesus aqui na terra exerceu três grandes ofícios: O de profeta, o de sacerdote e o de rei.
Estas personagens eram as três mais importantes da história antiga. Os profetas, os sacerdotes e os reis, são em certo sentido os precursores de Jesus Cristo. Jesus exerceu estes três ofícios da maneira mais perfeita que se pode imaginar. Nunca houve um profeta que interpretasse os atos e a vontade de Deus e desfizesse as trevas da ignorância que envolvia a raça humana, e nunca houve um sacerdote que oferecesse um sacrifício tão completo e perfeito, e nunca houve um rei que governasse tão sabiamente como Jesus.

4.1  Cristo como Profeta
     Devemos ter desde já, uma compreensão clara do que era a missão do profeta do AT.
     Não era simplesmente, como em geral se supõe: predizer eventos futuros. É verdade que isto às vezes acontecia, porém não era o trabalho principal do profeta. O profeta representava Deus diante dos homens. E a sua verdadeira incumbência era interpretar os atos e os planos de Deus e fazer conhecida aos homens a sua vontade. O verdadeiro profeta é aquele que recebe, lê atentamente e interpreta os atos de Deus aos homens.
     Três eram os métodos empregados pelos profetas, no desempenho da sua missão:
v  Ensinar o povo
     Encontramos no AT muitos desses ensinos, como por exemplo: Davi (Dt 18.15), Isaías (Is 1.13-17), entre outros;
v  Predizer acontecimentos futuros
     Às vezes o profeta desvendava as coisas futuras e fazia vingar a mensagem. Um dos exemplos disto é o encontro de Acabe com Elias (1 Rs cap. 18);
v  Operação de milagres
     Alguns dos profetas, ao executar a sua árdua missão, operavam milagres, o que concorria para que as suas mensagens fossem mais bem acatadas pelo povo. Exemplos: Moisés (Ex 4.2-5) Elias (2 Rs 1.9-12), Eliseu (2 Rs 4.4-7), entre outros.

     Durante o período do ministério terreno de Jesus, ele não só cumpriu todas as exigências do ofício profético, mas o fez de tal maneira que até pôs termos a este ofício. Queremos dizer com isto que Deus, por meio de Jesus, disse tudo quanto tinha que dizer aos homens. Jesus revelou tudo, Ensinou tudo. O que os profetas do AT não puderam esclarecer, Jesus trouxe á luz, e, revelando todos os segredos de Deus, manifestou toda a sua glória nos milagres que operou no meio do povo, trouxe Deus aos Homens e levou os homens a Deus.
    

 4.2   Cristo como Sacerdote
     A palavra sacerdote vem do Hebraico kohem e do grego hieres, ambos significando uma pessoa consagrada para representar o homem diante de Deus. No AT o sacerdote era um homem escolhido para ser mediador entre Deus e o homem. O sacerdote cumpria o seu ofício oferecendo sacrifício e fazendo intercessão; mas, como sabemos, os próprios sacerdotes eram homens imperfeitos, e, antes de oferecerem sacrifícios pelos outros, tinham que oferecer primeiramente sacrifícios por si mesmos. 
     Jesus Cristo não necessitou de oferecer sacrifícios pelos próprios pecados, porquanto não os tinha (1 Pe 2.22), e nem tampouco lançou mão de animais, pelo contrário, ele ofereceu a si mesmo, com toda pureza de seu caráter e toda santidade do seu ser, em holocausto, em propiciação  pelos pecados de todo mundo. Ele cumpriu todas as exigências do sacerdócio levítico embora não fosse da linhagem da tribo de Levi, e foi mais além, oferecendo-se como o próprio sacrifício e até hoje intercede pelos crentes, por isso ele é chamado O Sumo Sacerdote superior a todos (Hb 7.24; 8.1).

4.3   Cristo como Rei
     Em virtude deste ofício, Cristo reina primeiramente sobre todas as coisas, assim na terra como no céu.
     Em segundo lugar ele reina sobre a Igreja militante. Quando Jesus nasceu, do céu desceram anjos, cantando, e anunciando aos pastores que tinha nascido o Salvador e Senhor, ou seja, Rei (Lc 2.11; Mt 2.2).  O próprio Jesus declarou ser Rei, quando afirmou: O meu reino não é deste mundo”... (Jo 18.36). Até os inimigos declarou que ele era Rei (Jo 18.38; 19.19). Finalmente Cristo reinará na sua Igreja triunfante. Na sua segunda vinda, no Milênio onde Cristo restaurará o trono de Davi e a Igreja estará com Ele (Ap 20.6), e em épocas sucessivas. As Escrituras também declara que a sua regência nunca terá fim (Lc 1.33).
TEÍSMO


Introdução

     A Doutrina acerca de Deus é também chamada de teologia própria tendo em vista que o termo teologia é derivado de duas palavras gregas: “theos” que significa Deus e “logia” que significa estudo, tratado, discurso etc. Portanto teologia própria e Teísmo são termos semelhantes usados para o estudo da Doutrina acerca de Deus.

1 - A EXISTÊNCIA DE DEUS

     Em parte alguma a Bíblia trata de provar a existência de Deus mediante provas formais. Reconhece-se como fato auto-evidente e como crença natural do homem.  No entanto propõe o homem aventurar-se na fé (Hb 11.6).  Numa época em que tantas idéias e conceitos errôneos são divulgados a respeitos de Deus é bom verificarmos o que o próprio Deus revelou a respeito de si mesmo. A Bíblia é o único livro que pode falar com autoridade sobre o assunto, portanto, “CONHECER A PALAVRA DE DEUS É TAMBÉM CONHECER A DEUS”. Apesar de a Bíblia não se preocupar em provar a existência de Deus podemos ver claramente que a Bíblia é a revelação escrita de Deus do Gênesis ao Apocalipse. Ele se revela ainda através da natureza (Sl 19.1,2), e se revelou pessoalmente através de Jesus Cristo (Jo 14.9).
1.1 Sua existência Provada
     Onde mais acharemos evidências da existência de Deus? Na criação, na natureza e na história humana. Dessas três esferas podemos deduzir os cinco argumentos mais utilizados pelos teólogos e também pelos filósofos sobre a existência de Deus:
v  Argumento Cosmológico (do Gr. Cosmos =Mundo)
     Sem dúvida, toda criatura de bom senso compreende que o universo teve um princípio e uma causa. Ora todo efeito tem uma causa, e o Universo é um efeito. Logo, se conclui que o universo deve ter tido um causa primária, isto é um Criador “No princípio Deus”    (Gn 1. 1).
v  Argumento Teleológico (do Gr. Telos =desígnios, fim)
     Este argumento pode ser exposto da seguinte forma: O desígnio e a formosura evidenciam-se no universo; porém, o desígnio e a formosura implicam em um arquiteto, portanto, o universo é obra de um arquiteto dotado de inteligência e poder, capaz de fazer e preservar a sua obra. Portanto, esse arquiteto não poderia ser outro senão - Deus.
v  Argumento Antropológico (do Gr. Antropos=homem)
    Este argumento diz respeito à natureza moral do homem, cuja vida é regulada por conceitos do bem e do mal, através da consciência que aprova ou condena as suas ações, conforme seja  boas ou más. Logo, a natureza moral do homem, requer a existência de um legislador Santo e Justo. Disse o filósofo alemão Emanuel Kant (1724-1804): Duas coisas me impressionam; “o alto céu estrelado e a lei moral no meu interior”.
v  Argumento da crença universal
     Existe algo no homem que jamais pode ser satisfeito com o invisível e o temporal. Trata-se de algo que clama pelo espiritual e o eterno. Onde quer que os homens tenham estado através dos milênios, esse clamor tem ecoado. Todos os homens de todas as raças, de uma forma ou de outra clamam por um ser superior, ou seja, Deus.
v  Argumento histórico
     A marcha dos eventos da história universal fornece evidência de um poder e duma providência dominante. Toda história bíblica foi escrita para revelar Deus na história, isto é, para ilustrar a obra de Deus nos eventos humanos. Os princípios do divino governo moral encontram-se na história das nações tanto quanto na experiência humana. A história da humanidade, o surgimento e declínio de nações, como Babilônia e Roma e preservação de nações como Israel mostram que o progresso acompanha o uso das faculdades dadas por Deus e a obediência às suas leis, e que o declínio nacional e decadência moral seguem a desobediência, e ambas recebe as consequências de Deus.
1.2 Algumas Crenças Errôneas
     Existem outras idéias extra-bíblica  acerca de Deus. Dessas algumas se originaram em verdades exageradas, outras são deficientes, outras são pervertidas ou torcidas e todas são heréticas.
Vejamos algumas:
v  O agnosticismo (significa não saber)
     Nega a capacidade humana de conhecer a Deus “a mente finita não pode alcançar o infinito, declara o agnóstico”, no entanto, pela Bíblia podemos entender que podemos conhecer a Deus, não no sentido absoluto é claro, mas, no sentido relativo (1Co 13.12). Do agnosticismo derivaram-se outros movimentos como o Ateísmo, o Ceticismo entre outros.
v  O politeísmo (culto de muitos deuses)
     É característico das religiões antigas e pratica-se ainda hoje em muitas terras pagãs. Baseia-se na idéia de que o universo é governado, não por uma força só (como acredita os Cristãos), mas, sim por muitas, de maneira que há um deus da água, um deus do fogo, um deus das montanhas, um deus da guerra, etc. Abraão foi chamado a separar-se do paganismo e tornar-se uma testemunha do único e verdadeiro Deus; sua chamada foi o começo da missão de Israel, a qual era pregar o monoteísmo (culto a um só Deus), o contrário do politeísmo das nações vizinhas (Gn 12.1).
v  O panteísmo (tudo é Deus)
     É o sistema de pensamento que prega que Deus é tudo, e tudo é Deus, ou seja, as árvores, as pedras os pássaros, terra e água, répteis e homens – todos são declarados partes de Deus, consequentemente, todos devem ser adorados. O panteísmo confunde Deus com a natureza. Mas a verdade é que o poema não é o poeta, a arte não é o artista, a música não é o músico, e a criação obviamente não é o Criador. Esta idéia é um dos pilares do  “Movimento Nova Era”.
v  Deísmo (não confundir com Teísmo)
     Admite que haja um Deus pessoal, que criou o universo que criou o mundo; mas insiste em que, depois da criação, Deus o entregou para ser governado pelas forças da natureza. Em outras palavras, ele deu corda ao mundo como quem dá corda a um relógio e o deixou sem mais cuidado da sua parte. Dessa maneira não seria possível nenhuma revelação, nenhum milagre. A idéia acerca de Deus, propagada pelo deísta é unilateral. As Escrituras ensinam duas importantes verdades concernentes à relação de Deus para com o universo: primeira, sua “transcendência”, que significa sua separação do mundo e do homem sua exaltação e soberania sobre eles (Is 6.1); segunda, sua “imanência”, que significa sua presença no mundo e sua aproximação do homem (At 17.28; Ef 4.6). O deísmo acentua demais a primeira verdade enquanto o panteísmo encarece demais a segunda. As escrituras apresentam a idéia verdadeira e absoluta sobre Deus. De fato, Deus está separado do mundo e acima do mundo; por outro lado, ele está no mundo. Ele enviou seu Filho para estar conosco, e o Filho enviou o Espírito Santo para estar em nós, ou seja, ele tem prazer em ter comunhão com os seus filhos. Desta maneira a Doutrina da Trindade evita os dois extremos.
v  . Materialismo
O materialismo  nega a realidade do espírito, explica todos os fenômenos mentais e espirituais como propriedades e funções da matéria.

2 – A NATUREZA DE DEUS

2.1 Definição de Deus
     Quem é Deus? Pode Deus ser definido? Podemos colocá-lo nos limites de uma definição? Se pela palavra “definir” queremos dizer “limitar”, é claro que não podemos definí-lo. Porém, podemos mencionar as características que distingue o ser e, deste modo formular uma definição bíblica de Deus.  Dentre as várias definições que podemos extrair da Bíblia destacamos a seguinte: Deus é Espírito pessoal perfeitamente bom, que em santo amor criou, sustenta e dirige tudo (Langston).
2.2 A Essência de Deus
     Deus é formado por uma só substância: Espírito. Os homens são formados por duas substâncias: matéria e espírito. Há no universo, somente duas substâncias: matéria e espírito. O mundo é matéria; Deus os anjos e as almas dos homens são “espíritos’’. Ao longo de suas páginas a Bíblia afirma que Deus é uma pessoa espiritual (Jo 4.24), ao contrário do homem Deus é “incorpóreo”, ou seja, ele não tem forma, cor, tamanho etc.
*      Linguagem Antropomórfica
     Quando a Bíblia fala do olho, do ouvido, das mãos de Deus etc. Na realidade está usando uma figura de linguagem chamada “Antropomorfismo” que significa que Deus se manifesta metaforicamente em forma humana.
*      Teofania
     Quando Deus apareceu aos homens de forma humana ou angelical no AT, esses casos são chamados de Teofania (Gn 32.30; Jz 6.11-23).
2.3         Atributos de Deus
Todo ser têm suas características, isto é as suas qualidades, seus adjetivos tais como: pequeno, grande, bonito, feio etc.
     As qualidades de Deus são os seus atributos, a saber: eternidade, onipotência, onisciência, santidade, soberania etc. O caráter de Deus é descrito na bíblia através dos seus atributos, que por sua vez se manifesta de duas maneiras, vejamos alguns:
v  Atributos ativos
São atributos relacionados a si próprio, isto é,só ele possui:
Ø  Eternidade > Não teve e não terá fim (Hc 1.12);
Ø  Onipotência > Todo poderoso (Gn 17.1);
Ø  Onisciência > Conhece todas as coisas (Sl 139.1-10; Sl 147.5);
Ø  Onipresença > Não está limitado, ao tempo nem ao espaço, está presente em todo  lugar ao mesmo tempo (Jr 23.24).
v  Atributos morais
     São os aspectos que são vistos nos relacionamentos de Deus com o homem, isto é, o homem também pode possuir através do Espírito Santo.
Ø  Santidade > Deus é absolutamente Santo (Ap 4.8). O homem também pode ser relativamente santo.
Ø  Justiça > Deus é absolutamente justo (Dt 32.4). O homem também pode praticar a justiça.
Ø  Amor > Deus é amor (1 Jo 4.8). O homem também pode manifestar relativamente esse amor.
Ø  Fidelidade > Deus é absolutamente fiel e digno de confiança as suas promessas jamais falharão (Sl 117.2) O homem também pode ser fiel.
3  -   OS NOMES DE DEUS

    Os nomes na Bíblia sempre tiveram um significado especial, e em se tratando do nome de Deus obviamente assume uma relevância muito maior. O próprio Deus na sua Palavra teve o cuidado em resguardar o seu nome, por exemplo, nas seguintes declarações: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão” (Ex 20.7); “Quão magnífico em toda terra é o teu nome!” (Sl 8.1); “Grande é o seu nome em Israel” (Sl 76.1). Deus teve essa preocupação porque o nome dele poderia ser aplicado de forma errada e ser aplicado em relação a outros deuses. Os nomes de Deus exprimem sua personalidade e suas atividades, enquanto os seus atributos exprimem o seu caráter.
3.1 Nomes hebraicos de Deus
v  Elohim > Deus criador;
v  Yahweh (Jeová) > Senhor; o nome Yahweh tem sua origem no verbo ser e inclui os três tempos:
v  Passado – Eu me manifestei;
v  Presente – Eu me manifesto;
v  Futuro – Eu ainda manifestarei.
v  El Elion > O Deus altíssimo (o que está acima de tudo e de todos) Gn 14.18-20;
v  El Olam > O Deus eterno (Gn 21.23);
v  El Shaday > O Deus todo poderoso (Ex 6.3);
v  Adonai > Senhor no sentido de mestre.
 3.2 Nomes de Deus no Novo Testamento e seus significados
      A maioria dos livros teológicos e também os pregadores e ensinadores hodiernos, só se preocupam em relacionar os nomes de Deus em hebraico, no entanto os nomes de Deus que são mais pronunciados no Novo Testamento não têm nada de hebraico e sim, grego que é a língua original do Novo Testamento.
Vejamos alguns nomes gregos equivalentes ao hebraico do Antigo Testamento:
v  Theos 
     O nome grego Theos é equivalente ao nome hebraico El que é o nome mais comum de Deus no AT. Como acontece no Hebraico com o nome El, no grego também podem ser formados vários nomes de Deus pela composição de Theos mais outro nome ex: Elion foi traduzido por Hypsistos Theos, que significa Deus altíssimo (Mc 5.7; Hb 7.1).                   El shaday foi traduzido para Theos Pantokator, que significa Deus todo poderoso            (2 Co 6.18; Ap 1.8).
v  Kyrios
     Este nome é o equivalente a Yahweh (Jeová) e algumas vezes são aplicadas a Adonai que significa “Senhor”, este nome é aplicado não somente em relação a Deus, mas, também ao Senhor Jesus Cristo (Ap 19.6; Rm 14.8,9).
v  Pater
     Muitas vezes já se disse que o Novo Testamento introduziu um novo nome de Deus, a saber, Pater (pai). Mas isto, não é verdade o nome “pai” é empregado repetidas vezes no Antigo Testamento para designar a relação de Deus com Israel (Dt 32.6; Is 64.8), enquanto que em outras passagem, Israel é chamado filho de Deus (Ex 4.22; Is 2.1). No Novo Testamento o nome “Pai”, é aplicado no sentido geral de originador ou criador e em relação à primeira pessoa da trindade (1 Co 8.6; Tg 1.17,8; Mt 28.19).

4     - A TRINDADE SANTA

4.1 A Divindade é uma Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo Trindade significa tri-unidade, Três em um e Um em três
     Definir a Trindade não é coisa fácil, trata-se de um daqueles mistérios que só será inteiramente revelado na eternidade. Podemos sim, descobrir o que a Bíblia revela a respeito do assunto. Deus Pai é a plenitude da Divindade invisível; Deus Filho é a plenitude da Divindade manifesta; Deus Espírito Santo é a plenitude da Divindade operando na criatura.
     A Trindade Santa não é uma sociedade de três deuses como dizem os mórmons e as Testemunhas de Jeová. Não se encontra nas páginas da Bíblia a palavra “Trindade”, pois é um termo teológico que é usado para definir as três pessoas da divindade. Deus é uno e ao mesmo trino, trata-se de um fato que não poderíamos saber de outro modo, a não ser, que fosse revelado pela Bíblia.
4.2 O que a Bíblia ensina sobre a Trindade
     Após trazer todas as coisas à existência por meio de um simples e poderoso “Haja”, e querendo formar o homem, disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a Nossa semelhança (Gn 1.26), A respeito do homem após a queda, disse também Deus; “Eis que o homem se tornou como um de Nós” (Gn 3.22). No relato bíblico quanto à confusão das línguas em Babel, lemos ainda: “Vinde Desçamos e Confundamos ali a sua linguagem” (Gn 11.7). Observe-se, os pronomes pessoais colocados na terceira pessoa.
     Tanto no Antigo Testamento como no Novo, títulos divinos são atribuídos, distintamente, as três pessoas da Trindade.
v  A respeito de Deus PaiEu sou o “Senhor teu Deus”, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão”      (Ex 20.2);
v  A respeito de Deus filho: Respondeu-lhe Tomé: “Senhor meu e Deus meu”... (Jo 20.28);
v  A respeito do Espírito Santo: Então disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu Coração para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? ... Não mentiste aos homens, “...mas a Deus” (At 5.3).
4.3 Evidências corroborativas
v  Um dos nomes de Deus no Antigo Testamento, Elohim, é plural.
v  No batismo de Jesus, o Filho saiu da água, o Espírito Santo desceu em forma de pomba sobre o Filho, e o Pai falou em voz audível (Mt 3.16).
v  A fórmula do batismo dada por Jesus designa as três pessoas (Mt 28.19).
v  A Bênção Apostólica claramente indica a distinção das três pessoas                    (2 Co 13.13).
         Cada pessoa da trindade é descrita na Bíblia, como tendo a mesma essência e mesmos atributos, O filho e o Espírito Santo são tão divinos quanto o Pai. A divindade de cada uma das três pessoas da Trindade se comprova pelo fato de que todos os nomes, títulos, atributos, obras e adoração são reivindicadas para cada uma. A doutrina da Trindade mostra que Deus não tem sido um solitário e isolado. Deus é amor, e o amor implica em relação e comunhão. Esse amor para ser eterno e adequado, deve achar-se dentro da Divindade, e isso implica, pelo menos, a igualdade das pessoas, porque toda a perfeita comunhão tem que ser entre iguais.
 4.4 Distinções das pessoas  
       Apesar de as Três pessoas pertencerem à mesma essência, são distintas:
v  Cristo distingue-se do Pai (Jo 5.32,37);
v  O pai e o Filho são distinguidos um do outro (Jo 1.14; Jo 3.16);
v  O Pai e o filho se distinguem entre si (Jo 10.36; Gl 4.4);
v  O Espírito Santo distingue-se do Pai e do Filho > Ele é enviado pelo Pai e pelo filho   (Gl 4.6; Lc 3.21).
     A doutrina da Trindade não é uma invenção da Igreja Católica Romana como alguns afirmam, porém baseada na Bíblia, confirmada pelo Concílio de Nicéia no ano 325 da nossa era e ensinada  pela Igreja que prega, e ensina o verdadeiro Evangelho.





Pesquisar este blog